A vitória no embate inaugural, construída com tranquilidade, evidencia a fragilidade dos catarianos, apenas em sua primeira participação em Copas, e mostra a força do Equador. O time treinado pelo argentino Gustavo Alfaro garantiu sua vaga na Copa com protagonismo na campanha das Eliminatórias.
O resultado deixa os equatorianos na liderança do Grupo A, composto também por Holanda e Senegal. Essas duas seleções se enfrentam nesta segunda-feira, às 13h (de Brasília) no estádio Al Thumama. No mesmo dia também jogam Inglaterra e Irã e Estados Unidos e País de Gales, em jogos válidos pelo Grupo B.
Atacante forte e de boa técnica, Valencia comandou o triunfo da seleção equatoriana, de volta à disputa de um Mundial depois de ficar fora da edição passada, na Rússia. Ele, aliás, é o autor de todos os últimos cinco gols do time sul-americano em Copas, já que também saíram de seus pés os três gols da equipe em 2014, no Brasil.
O jogador, do turco Fenerbahçe, foi às redes três vezes, mas o primeiro de seus gols não valeu e foi anulado pelo árbitro italiano Daniele Orsato com o auxílio da tecnologia semiautomática de impedimento, utilizada pela primeira vez no Mundial. O árbitro ergueu o braço para sinalizar a posição irregular do atacante Estrada.
Minutos depois, a Fifa divulgou a análise do lance para mostrar a irregularidade captada pela ferramenta tecnológica no início da partida. Naquele momento, e durante quase todo o primeiro tempo, os equatorianos tiveram amplo domínio diante de um rival com claras limitações técnicas e desacostumado a grandes jogos no cenário mundial.
Não fez falta o gol anulado ao time sul-americano porque Valencia estava em uma noite feliz e a defesa do Catar, não, principalmente o goleiro Al Sheeb. Atrasado, ele derrubou Valencia dentro da área. O próprio capitão cobrou o pênalti com categoria para marcar, agora sim, aos 15 minutos, o primeiro gol da Copa do Mundo do Catar.
O segundo saiu aos 32, quando Preciado levantou na área, perto da marca da cal, onde estava o oportunista Valencia. Ele se antecipou à zaga e cabeceou no canto direito do goleiro catariano, fazendo levantar a torcida equatoriana atras de um dos gols.
Os catarianos ocuparam, evidentemente, muitos dos assentos do estádio, embora houvesse várias cadeiras vazias. Eles faziam barulho a ataque do Catar, mas foram poucos, e mal aproveitados em razão da debilidade técnica do time da casa. Sem poder de fogo, os atacantes não acertaram uma vez sequer o gol em todo o jogo, facilitando a vida do Equador, a primeira seleção a largar com vitória no torneio.
FICHA TÉCNICA:
CATAR 0 X 2 EQUADOR
CATAR – Al Sheeb; Pedro Miguel, Hassan, Khoukhi, Al-Rawi e Ahmed; Hatem, Boudiaf e Al-Haydos (Waad); Afif e Ali (Muntari). Técnico: Félix Sánchez.
EQUADOR – Galíndez; Preciado, Torres, Hincapié e Estupiñán; Méndez, Caicedo (Franco), Plata e Ibarra (Sarmiento); Valência (Cifuentes), Plata e Estrada (Rodríguez). Técnico: Gustavo Alfaro.
GOLS – Valencia, aos 16 e aos 32 minutos do primeiro tempo.
CARTÕES AMARELOS – Al Sheeb, Ali, Caicedo, Boudiaf, Méndez, Afif
ÁRBITRO – Daniele Orsato (Itália).
RENDA E PÚBLICO – Não disponíveis.
LOCAL – Estádio Al Bayt, em Al Khor (Catar).
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