COLUNA VINHO E GASTRONOMIA – RODRIGO LIMA
A primavera e seus vinhos!
Em Natal não temos as estações climáticas do ano bem definidas, porém a chegada da primavera se anuncia com a florada dos Ipês e outras espécies. Por aqui temos dias mais quentes e noites ainda frescas, pouca chuva e os dias no litoral já fazem parte da programação das famílias. O clima em geral é mais agradável que o do verão, fazendo da primavera o momento ideal para pratos mais leves que pedem vinhos específicos.
A meia-estação é perfeita para apreciarmos vinhos que muitos pensam que só valem para o verão ou inverno, vou explicar como: desfrutar um dia de sol com um branco ou rosé é perfeito, na praia ou piscina; bem como um bom tinto, nas noites ainda amenas, apreciando o estilo de vinho preferido do brasileiro.
Os vinhos Rosés são a primeira opção que vem na cabeça de muitos quando as flores aparecem. E não é para menos! Uma taça de rosé bem geladinho combina com a estação e suas receitas mais leves que levam camarão, frutos do mar, carne branca em geral e uma variedade de legumes, assados ou cozidos.
Muito associados com o verão, o vinho branco é a cara da meia-estação. Estamos falando de uma bebida leve e aromática, ou seja, um vinho para o clima tropical, para aperitivos com queijos, frutos do mar, ou mesmo para um belo papo com amigos em uma varanda de frente para o mar.
Se você é daqueles que não dispensa um bom vinho tinto, aqui trazemos uma opinião: ele é um vinho para o ano todo! Mas na primavera há uma procura maior por uvas mais leves como Merlot, Pinot Noir, Garnacha, etc, vinhos mais macios e fáceis de beber. A ideia é que seja uma experiência que não pese no dia seguinte!
Vinho da Semana
Notas de Prova: O espírito do Mediterrâneo não é algo difícil de decifrar, duas palavras bastam: carpe diem. E é exatamente essa a sensação que este rosé cheio de frescor consegue proporcionar, possui notas olfativas de morangos e framboesas frescas, aliados a uma excelente acidez, boa persistência e leveza, um vinho para beber apreciando o por do sol, na praia ou piscina. Feitos com as uvas: Cinsault, Grenache, Carignan, Cabernet Sauvignon. Chateau de Berne – Mediterraneé – França. Importado pela Grand Cru.
Decantação
Uma das funções do decanter é evitar que os sólidos continuem em contato com o vinho, depois de aberta a garrafa. Deixar ir para a taça os sólidos não é prejudicial à saúde, inclusive o gosto desses sedimentos costuma ser bastante neutro. A tendência atual é que os vinhos sejam cada vez menos filtrados e clarificados, o que indica que os sedimentos estarão mais presentes. Saber decantar corretamente, e deixar os sólidos na garrafa, torna-se ainda mais importante, uma vez que o equilíbrio entre a oxidação e a redução é o que traz harmonia ao vinho.
Além de evitar que os sólidos fiquem em contato com o vinho, o decanter é capaz de permitir a aeração ao deixar o vinho em contato com o oxigênio e possibilitar a liberação dos compostos aromáticos, por meio da evaporação, isso também pode ser conseguido ao colocar o vinho na taça, porém no decanter tudo ocorre de forma mais acelerada, devido à maior superfície de contato do líquido com o ar.
Um ponto muito interessante da evaporação é a eliminação com facilidade de alguns aromas da redução do vinho, como exemplo: ovo podre e palito de fósforo, pois muitos desses compostos que são enxofrados possuem baixo ponto de ebulição e rapidamente se dissipam. Isso explica por que, algumas vezes, abrimos um vinho que possui esse caráter reduzido e depois de uma agitação na própria taça, esses aromas já não existem mais, predominando outras notas aromáticas muito mais interessantes.
Receba notícias em primeira mão pelo Whatsapp
Assine nosso canal no Telegram
Siga o NOVO no Instagram
Siga o NOVO no Twitter
Acompanhe o NOVO no Facebook
Acompanhe o NOVO Notícias no Google Notícias