VINHO, UM ESTILO DE VIDA
A percepção mais comum das pessoas é que comida e vinho são símbolos da “uma boa vida”, de conforto, luxo, sofisticação e gosto bastante refinado. Mas, cuidado, essa visão é um mero equívoco. Comida e vinho, geralmente, compõem, não o luxo, mas prazeres e experiências agradáveis e acessíveis. Pequenos e deliciosos prazeres da vida cotidiana são essenciais, porque preenchem nosso dia a dia com estímulos positivos que sustentam o sentido da vida de momento a momento, uma consumação de nossa imersão bem-sucedida na realidade. A felicidade é alcançada nas pequenas coisas da vida. Comida e vinho, certamente, são prazeres acessíveis, e comer e beber bem pode transformar nossa experiência de vida.
QUAL É A DIFERENÇA ENTRE VINHO SECO, MEIO SECO E DOCE?
A doçura do vinho é medida em gramas por litro (g/l). Quanto menor for o número de g/l de açúcar, menos doce um vinho será. Um g/l de 0 significa que não restam açúcares residuais no vinho após a fermentação – ele está completamente seco. Um g/l de 25-30 ou mais significa que é muito doce e possivelmente com baixo teor alcoólico. O vinho seco é uma combinação perfeitamente equilibrada de açúcar e acidez que resulta em um sabor harmônico, pois na verdade, não há conotações negativas associadas à palavra “seco” quando se trata de vinho. Um vinho meio seco (ou demi-sec) é um vinho que contém um certo açúcar residual, mas não é doce o suficiente para ser chamado de vinho de sobremesa, ou doce. De acordo com o decreto nacional atualizado em 2014, o vinho é considerado seco se possui até quatro gramas de glicose por litro (4 g/l). Um vinho doce, por outro lado, deve possuir de vinte e cinco a oitenta gramas de glicose por litro (25 a 80 g/l).
GEWÜRZTRAMINER, UMA UVA BRANCA DE MUITOS AROMAS
O nome é complicado de falar – diz algo como “guevurstraminer” –, mas essa é uma das uvas brancas mais famosas da Alsácia e da Alemanha, produzindo vinhos bastante aromáticos e sendo usada ainda nos clássicos vinhos de colheita tardia. Assim como outras cepas brancas aromáticas, a, Gewürztraminer é uma variação clonal da Savagnin, mais especificamente, uma mutação da Savagnin Rose. O perfil de DNA revela que ela tem a mesma impressão digital genética, com exceção de algumas pequenas diferenças genéticas clonais, e que corresponde à mesma variedade. A primeira ocorrência do nome Gewürztraminer apareceu na Alemanha e a menção sugere que a mutação ocorreu na região do Rheingau. Enquanto Gewürz significa “especiaria” devido ao aroma distinto da uva que é muitas vezes referido como “especiado”, Traminer faria alusão a cidade Termeno sulla Strada del Vino que fica na região italiana do Trentino-Alto Ádige, fronteira com a Áustria que tem o nome Tramin an der Weinstrasse em alemão. Gewürztraminer tornou-se a variante mais plantada de Traminer (Savagnin Blanc). As uvas, durante a colheita, geralmente tomam tons rosados, que se traduz em vinhos dourados muito profundos, às vezes com um leve tom acobreado.
VINHO DA SEMANA
Le Lion de La Fleur de Boüard Lalande de Pomerol AOC 2018
O vinho da semana é o Le Lion de La Fleur de Boüard AOC 2018 produzido pelo mítico Chateau La Fleur de Boüard, em Lalande Pomerol – Bordeuax. Segundo vinho do produtor, porém muito bem pontuado nesta safra, é resultado da constante busca do produtor e enólogo pela qualidade de seus vinhos. A propriedade pertence a Hubert de Boüard de Laforest, que possui várias propriedades em Bordeaux, sendo a mais conhecida o lendário Château Angélus que produz vinhos Premier Grand Cru Classé A em Saint Emilion. Resultado de um corte de Merlot, Cabernet Franc e Cabernet Sauvignon, cada casta foi vinificada separadamente e assim mantiveram suas características, depois o líquido envelheceu em carvalho por 12 a 33 meses. O resultado é um vinho bastante aromático, agradável, equilibrado e persistente. Um grande ícone. Importado pela Evino – R$ 299,90
