CONTRABANDO DE VINHOS NO BRASIL
O assunto que dominou as conversas sobre o vinho no Brasil na semana passada foi o aumento do contrabando, notadamente de vinhos Argentinos, que cresce assustadoramente e afeta o comercio legal da bebida, bem como a arrecadação de impostos nos dois países. Dados apontam que em 2019 foram apreendidas, aproximadamente, 87 mil garrafas de vinhos que entraram de forma irregular no Brasil, contra mais de 600 mil em 2021, um comercio de movimentou mais de 2 bilhões de Reais e chamou atenção do crime organizado, que hoje o controla. Assim, chamamos atenção aos leitores que o simples, e aparentemente inofensivo ato de comprar vinhos das listas de aplicativos de mensagens, a preços muito baixos, não é tão simples, pois com isso estamos fomentando o crime organizado, o tráfico de drogas e armas, que hoje dominam essa operação e lavam o dinheiro introduzindo e vendendo vinhos no Brasil. Pesem nisso!
CONTRABANDO E FALSIFICAÇÃO
Com o crescente interesse do crime organizado pelo mercado dos vinhos finos no Brasil, surge também a oportunidade para outra prática delitiva: a falsificação de vinhos. Muitos dos vinhos vendidos irregularmente por listas de mensagens nas redes sociais são falsificados, haja vista que os volumes vendidos superam sobremaneira a capacidade de produção das vinícolas. Rótulos de Bodegas como Catena Zapata, Cobos, Rutini, dentre outras são fraudados e vendidos por preços muito abaixo do mercado, mesmo quando comprados na Argentina, colocando em risco a saúde de quem os consome. E neste quesito vale lembrar que o consumidor tem grande responsabilidade no combate a estes crimes, pois, quando compramos algo extremamente abaixo dos preços praticados no mercado, sabidamente estamos de levando produtos contrabandeados ou falsificados e ainda contribuindo com o crime organizado.
FUNDO DA GARRAFA X QUALIDADE DO VINHO
Os mitos em torno da cavidade inferior da garrafa de vinho são diversos. O que mais prosperou até hoje diz que quanto mais funda e côncava, melhor a qualidade da bebida. Pois bem, pura bobagem. O fundo da garrafa também não tem função logística ou de segurar os sedimentos em vinhos mais antigos, a cavidade existe por uma questão de segurança. Quanto maior a profundidade do buraco, mais vidro é usado, ou seja, mais superfície. Assim a pressão interna é bem distribuída, diminuindo as chances de com uma batida na parte mais frágil da garrafa, justamente o fundo, romper o vidro. Assim, o fato de grandes vinhos normalmente estarem em garrafas com cavidades mais fundas é que esses vinhos têm “poder financeiro” para comportar uma garrafa dessas. Afinal, com mais material, o produto, claro, fica mais caro.
VINHO DA SEMANA
Fritz Haag Riesling Trocken 2020
O vinho da semana é o Fritz Haag Riesling Trocken 2020, produzido pela renomada vinícola alemã Fritz Haag no Mosel – Alemanha. Os romanos plantaram as primeiras vinhas ao longo do rio Mosel e da cidade de Trier em torno do segundo século. Hoje, essa região é conhecida por suas encostas íngremes com vista para os rios, em que as vinhas estão plantadas. O vinho foi provado em um jantar e acompanhou comida Oriental de fusão. O vinho é surpreendente, um Riesling com pura expressão do terroir do Mosel, as uvas para este vinho são colhidas à mão e fermentadas espontaneamente, o que resulta em um vinho seco, que cativa com uma fruta delicada, uma acidez e mineralidade equilibradas. De visual amarelo esverdeado, possui aromas de maçã verde, carambola e algo mineral que lembra pedra, hortelã e aromas da terra. Na boca tem uma ótima acidez que oferece frescor e mineralidade ao vinho e que nos faz querer sempre o próximo gole. Importado pela Grand Cru – R$ 249,90
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