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Coluna Vinho e Gastronomia – por Rodrigo Lima – 02 de Maio

por: NOVO Notícias

Publicado 2 de maio de 2022 às 17:35

COLUNA VINHO E GASTRONOMIA – POR RODRIGO LIMA

Malbec – a queridinha do Brasil

Ainda é tempo para falar da uva que é a queridinha do Brasil, a Malbec. Nativa da França, da região de Cahors, a uva se encontrou em solo Argentino, e é tão importante por lá que eles criaram do dia internacional da Malbec, celebrado em 17 de abril. Dois dos maiores enólogos Argentinos falaram um pouco sobre a Malbec. Para Sebastian Zuccardi, há algo de muito especial no Terroir do Valle de Uco em Mendoza. “O vale é, sem dúvida, um lugar com características únicas pela diversidade de solos, alturas e pureza da luz. Sem dúvida, a Malbec é o melhor veículo para expressar nossos terroirs e nos permite mostrar as características do lugar com muita transparência”. Já para Andrés Vignoni, da Cobos, há diferentes exemplares da uva Malbec e eles estão ligados as regiões de onde vem e à interpretação do produtor, “quanto mais alto na montanha, mais encontraremos malbecs de fruta mais vermelha vibrante. Mas explorando os diferentes terroirs, a fruta pode ser mais escura, com grande potência, amplitude e taninos bem marcados”, e acrescenta que o brasileiro gosta muito de concentração, potencia e de maleabilidade na hora de tomar vinho e, por isso, se identifica tanto com a Malbec.

O novo Terroir do Nordeste

A Chapada Diamantina com uma altitude superior a mil metros e temperaturas amenas, um dia famosa pela mineração de diamantes e hoje conhecida pelo turismo de natureza, se transformou em um dos mais promissores polos de produção de vinhos finos no Brasil, e tem apresentado um estilo de vinhos muito diferente daqueles do Nordeste que conhecemos. Seus traços mais marcantes são a ótima acidez e a grande variedade de aromas. Com a inauguração da vinícola Uvva – Cepas Diamantinas, em Mucugê/BA, em março de 2022, ela certamente será vista como um dos marcos principais do surgimento dessa nova região vinícola. Projeto ambicioso, a Uvva foi desenhada para atrair o consumidor experiente de vinhos e o turista de alto padrão. Seus 52 hectares plantados com uvas viníferas a 1150 metros de altitude foram traçados dentro de um círculo onde as várias parcelas formam um labirinto para o visitante se perder entre os vinhedos e (no futuro) encontrar pelo caminho obras de arte e espaços de contemplação. “A Uvva foi pensada para ser diferente de tudo o que tem no Brasil”, diz Fabiano Borré, sócio e CEO da Fazenda Progresso. A produção na safra de 2019 foi de 55 mil garrafas. É a primeira a ser comercializada, mas a sexta a ser produzida. Todas as anteriores serviram como teste. Estou curioso para conhecer os vinhos da Uvva, em breve comento aqui sobre os mesmos.

Vinho no Topo do consumo

A pandemia mudou os hábitos do brasileiro, o que inclui o seu carrinho de compras. Segundo empresas de consultoria, o vinho está entre os produtos que se destacam nesse novo cenário. A bebida cresceu mais de 50% em 2021 no espaço dos carrinhos dos consumidores, porém ainda há muito espaço a ser conquistado, haja vista que o consumo per capita no Brasil ficou em 2,7 litros de vinho por pessoa em 2021, enquanto que em Portugal esse numero é de 51,9 litros.

Vinho da Semana

Villa Don Maximiano 2017

Villa Don Maximiano 2017 – Foto: Reprodução

O vinho da semana é o segundo vinho do Don Maximiano Founder´s Reserve da Vinícola Errazuriz do Chile. Um grande vinho elaborado por esta tradicional e premiada vinícola Chilena comandada por Eduardo Chadwick e que conta com o enólogo Francisco Baettig, um dos mais respeitados do Novo Mundo. Feito com uvas de uma seleção dos vinhedos Max localizados no Vale do Aconcágua. De visual límpido e cor vermelho rubi com reflexo violetas, delicados aromas de frutos escuros, notadamente mirtilo e amora, toques florais e groselha. Em boca, as notas a frutos roxos se confirmam, com destaque para mirtilos frescos, sendo muito frutado, porém elegante, com notas minerais e taninos finos. Ainda no paladar se monstra um vinho equilibrado, com longo final e muito equilíbrio, resultado de um corte inusitado nesta safra de 28% Syrah, 25% Cabernet Sauvignon, 20% Malbec, 17% Cabernet Franc e 10% Mourvedre, bem como da passagem de 22 meses em barricas de carvalho francês e 25% em foudres Stockinger. Um vinho de grandes atributos, merecedor de ser o segundo vinho de um clássico do Chile e que merece ser provado! Importado pela Grand Cru – R$ 559,90