Justiça

Coluna Novo Direito – 17 de outubro

por: NOVO Notícias

Publicado 17 de outubro de 2022 às 16:00

COLUNA NOVO DIREITO

O que pensou a BlackRock para 2022: terceira análise

Renato Guerra, Professor, Mestre em Direito (UFRN) e Advogado do Carvalho, Costa, Guerra & Damasceno Advocacia (renatoguerra@ccgd.adv.br)

Já têm algumas semanas que estamos falamos nessa Coluna sobre as 10 visões da BlackRock para 2022 e, recentemente, entramos no último trimestre do ano, momento decisivo para o nosso país, em especial, considerando o segundo turno das eleições que se avizinha.

Passado esse tempo, várias previsões vêm se concretizando, ou até mesmo já se realizaram, como foi o caso da sexta visão: “os jovens estão lutando e a solidão é real”; nesse aspecto, Larry Fink – o CEO da BlackRock, lembram? – alertou para os riscos (hoje já conhecidos) da total virtualização dos espaços de trabalho, que tem por consequência a perda do sentimento de organização, ou seja, de comunidade de trabalho, especialmente para os jovens que, diante da pandemia, pouco ou nenhum tempo passaram nos escritórios.

Na sétima visão, a BlackRock decreta: “o setor privado não pode ser a polícia ambiental”, chamando os políticos e os governos à responsabilidade de lidarem, com maior rigor, com a questão em torno do clima e do risco associado a isso, até mesmo porque, na visão dela, há um claro desequilíbrio nessa relação de responsabilidades – “não podemos ser a polícia ambiental em nome dos governos”, diz Larry Fink, o que é reforçado, como disse antes, pelo momento eleitoral em que passa o nosso país, afinal, é pauta de ambos os candidatos à Presidência a política ambiental de uma das maiores democracias do mundo e possuidora da maior parcela da floresta amazônica, um ativo ambiental sem semelhante na Terra.

Precisamos estar atentos às atribuições do Estado – aqui inclusos os Governos Federal, Estaduais, Distrital e Municipais – no que toca à preservação do meio ambiente e sua composição com o desenvolvimento econômico, sem esquecer da colaboração relevante dos atores privados. Concordam? Proponho, então, um exercício: vamos buscar nas propostas dos nossos candidatos à Presidência a visão ambiental de futuro para o país?