Justiça

Coluna Novo Direito – 14 de novembro

por: NOVO Notícias

Publicado 14 de novembro de 2022 às 13:15

COLUNA NOVO DIREITO

O QUE PENSOU A BLACKROCK PARA 2022: ÚLTIMA ANÁLISE

Renato Guerra, Professor, Mestre em Direito (UFRN) e Advogado do Carvalho, Costa, Guerra & Damasceno Advocacia (renatoguerra@ccgd.adv.br)

Chegamos ao fim da nossa série de análises sobre as dez visões para a economia de 2022 lançadas pela BlackRock, através de seu CEO, o Larry Fink, ao tentar responder à pergunta “Como prosperar em um novo regime de mercado?”. Ao longo das observações e dos comentários que fizemos aqui na Coluna, tentamos informar e, também, criticar construtivamente essas visões preditivas de um futuro que, a propósito, já estamos vivemos.

Duas das últimas três visões são bem sintomáticas quanto a isso: para a gigante do setor de investimentos, “não temos tecnologia suficiente para descarbonizar de forma justa” e “empresas de hidrocarbonetos se tornarão líderes na transição”, ou seja, a energia limpa ainda não dominará o mercado, que seguirá atrelado às grandes exploradoras e produtoras de petróleo e outros ativos energéticos não renováveis.

Para Larry Fink, se formos rápida e totalmente para a economia “verde”, o mercado sofreria com efeitos secundários, como hiperinflação e desigualdade, já que depende e muito dessa linha energética. Mas, de qualquer forma, a BlackRock acredita que esses expoentes dos hidrocarbonetos conduzirão a transformação para uma economia de mercado mais limpa, dando como exemplo a indústria de automóveis – consumidora voraz do petróleo, agora investe em carros elétricos, e não apenas por meio de empresas como a Tesla, mas também das grandes montadoras, que se veem levadas a aderir ao “verde”.

A última visão já se tornou uma realidade: “o capitalismo de stakeholders é a essência do que impulsiona uma empresa”, ou seja, as empresas devem se concentrar nos seus stakeholders (clientes, funcionários, investidores, fornecedores); deve, portanto, estar atenta à comunidade na qual está inserida, criando uma “cultura de organização” conectada com esses interessados, a fim de, com eles e a partir deles, alcançar uma lucratividade sustentável. Para mim faz muito sentido. E para você? O Brasil está vivenciando tudo isso? E mais: o que 2024 reserva para nós?