PRA VIDA TODA VALER A PENA
As notícias do Jubileu de Platina do reinado de Elizabeth II, ocupante do trono britânico há 70 dos 96 anos da vida dela; a estreia do programa “Olhares Brasileiros”, com o empresário Abílio Diniz, 85, na CNN; e o lançamento do livro de memórias dos 50 anos dos 79 de Dráuzio Varella dedicados à medicina, “O caminho da incerteza”, reforçaram a ideia de que o medo de se reinventar por causa da idade e ou qualquer outra justificativa é apenas desculpa para nos manter no comodismo.
Os três exemplos são de pessoas que tiveram que aceitar as mudanças impostas pelo desenvolvimento da sociedade, aprender e se adequar para fazer aquilo ao qual se propunham. A consequência é que, a despeito da idade, todos enfrentam a velhice sem brigar com ela, o que os permite apresentar forma física e mental para começar novos projetos e festejar os já realizados.
Essa é a reflexão proposta pela médica Ana Claudia Arantes no livro “Para vida toda valer a pena viver – Pequeno manual para envelhecer com alegria”, publicado pela Editora Sextante em 2021, que destaca a importância do acolhimento do envelhecimento, por meio do cuidado com o corpo que habitamos e com a mente que nos guia.
A abordagem da médica, famosa pelo livro “A morte é uma dia que vale a pena viver”, sobre o qual a palestra do TEDx tem mais de três milhões de visualizações, nada tem de óbvia, na medida em que aborda de forma direta aspectos da vida e da morte sobre os quais somos culturalmente orientados a ignorar.
Arantes enfatiza que desconsiderar a importância das relações estabelecidas; a necessidade de aprender, sempre, inclusive a perder; e a conviver com o luto, por exemplo; não nos impedirá de vivenciar a velhice, a morte, nem as consequências da nossas escolhas, e além disso, tornará tudo bem mais difícil.
Somente ao reconhecer que somos resultado das relações que estabelecemos, diz Arantes, e que, justamente por isso, precisamos aprender, entre outras coisas, a construir vínculos, pedir e
aceitar ajuda, bem como estar disponível para o outro. Pois, é isso o que nos permitirá viver o hoje em plenitude, já que “quando temos com quem compartilhar pensamentos, ideias e apoio,
todo obstáculo parece menor”.
FOTO
As pré-candidaturas do RN ao Senado também são exemplos do que Arantes defende. Carlos Eduardo Alves (PDT), anunciado integrante da chapa de Fátima Bezerra (PT) à reeleição, apesar da foto publicada nas redes sociais, todos sabem que este relacionamento, sem vínculos reais e sustentação, cedo ou tarde, desmorona.
DESLEAL
Rogério Marinho (PL) tem história marcada pela deslealdade, com o episódio da confusa saída dele do PSB, em 2008, por não ter tido apoio do partido para ser candidato à prefeito de Natal. Agora, sem grupo, forçou a candidatura de Fábio Dantas (Solidariedade) ao governo para poder concorrer ao Senado.
CONSTRUÇÃO
Mesmo com o anúncio tardio ao Senado e sem apoio de candidato ao governo, a pré- -candidatura de Rafael Motta (PSB) é a que mais tem agregado apoios, consequência do trabalho junto às bases eleitorais, atividade cotidiana do deputado, que resulta em vínculos que os outros candidatos não têm. Porque política é expressão da vida.
