Diego Breno, colunista de Esportes do NOVO Notícias

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Opinião

Esporte Coluna Diego Breno: Os momentos que marcaram o esporte potiguar no ano de 2024

por: NOVO Notícias

Publicado 27 de dezembro de 2024 às 15:02

Da decepção com as equipes do futebol masculino ao orgulho nos jogos olímpicos e paralímpicos, o esporte potiguar proporcionou histórias que marcaram a temporada

Fim de ano e não tem jeito. Chega aquele momento em que todos necessitam fazer a sua retrospectiva, e com o esporte não é diferente. Novos personagens, novas histórias. É bem verdade que algumas histórias estamos cansados de ver, proporcionando mais decepções. No entanto, em sua maioria, 2024 trouxe bons momentos para o esporte potiguar.

Como esquecermos nossas atletas medalhistas olímpicas e paralímpicas? Como não nos lembrarmos do nosso “quase” título brasileiro no futsal? Como passar despercebido pela semana esportiva com a presença de vários atletas de renome internacional? Então, selecionamos aqui alguns momentos que fizeram o ano de 2024 ser o ano do esporte no Estado.

Futebol: decepções comuns, imbróglios e o “despertar para a vida”
O futebol sempre será o carro-chefe dos principais fatos. De boas perspectivas às decepções que se tornaram comuns, nossos representantes mostraram este ano que 2025 tem que ser diferente em todos os aspectos.

O América, clube com maior investimento e que conseguiu ser campeão estadual, ficou ainda na segunda fase da Série D. Enquanto isso, no ABC, não chegar na final do Estadual, além de passar quase três meses sem vencer no Frasqueirão, quase resultou em rebaixamento. Porém, aos trancos e barrancos, o time sobreviveu e, agora, com Eduardo Machado na presidência, espera por dias melhores.

E o que dizer sobre o futebol mossoroense? Potiguar e Baraúnas tiveram que mudar de casa simplesmente porque o estádio Nogueirão precisou ser interditado e fechado antes mesmo de sua estrutura metálica desabar, ainda em fevereiro. Desde então, o estádio municipal segue em completo abandono, forçando “os rivais” a se unirem para buscar outro local. A tendência é que, em 2025, a dupla Potiba jogue em Serra do Mel.

Falando em estádio, 2024 também foi o ano em que FINALMENTE o Governo do Rio Grande do Norte e a Federação Norte-rio-grandense de Futebol (FNF) se entenderam quanto à gestão do Estádio Juvenal Lamartine. Após a regularização na Justiça, ambos firmaram um acordo e entenderam que o primeiro palco do futebol potiguar precisa de atenção e cuidados para, quem sabe, no ano que vem, receber o torcedor.

Por fim, o Brasil foi escolhido como sede da próxima Copa do Mundo Feminina, a ser realizada em 2027. Mesmo que, há um ano, ninguém se importasse, após as inúmeras críticas da sociedade aos gestores, as esferas representativas fizeram o possível para que Natal fosse candidata a cidade-sede. A corrida tardia funcionou, pois a comitiva da FIFA esteve na cidade para análise. Se a cidade será escolhida, só saberemos no primeiro trimestre de 2025.

Futebol Feminino: o quase acesso, novas equipes e uma das maiores transferências
Talvez a confirmação da Copa do Mundo no país tenha possibilitado um olhar mais atento à modalidade no Estado. Apesar das enormes dificuldades de se fazer futebol feminino no Rio Grande do Norte, 2024 foi um ano de aprendizado e novas reflexões.

Após um ano em que pagaram pelos próprios erros, o União representou tão bem o Estado no Campeonato Brasileiro da Série A3 que, por muito pouco, não conseguiu o acesso. Foram eliminados pelo Vitória-BA. Porém, chegaram até às quartas de final sem apoio de quem realmente poderia ajudar.
Aliás, o União se sagrou campeão estadual mais uma vez – a quarta seguida. Porém, diferente de outros anos, a edição deste ano possibilitou maior equilíbrio entre as adversárias e o surgimento de equipes como o Estrela Potiguar, que apresentou bons nomes, com potencial para se tornarem uma Antônia ou Priscila.

Falando nelas, nossas medalhistas de prata nos Jogos Olímpicos conseguiram grandes feitos. Antônia foi para o Real Madrid, e Priscila deixou o Internacional para jogar no Tigres do México, realizando a maior transferência de uma atleta brasileira e a terceira maior do mundo.

Outros esportes: futsal em evidência, conquistas nas Paralimpíadas, entre outros
Quando se trata dos bons momentos do esporte potiguar, não se pode deixar de falar sobre o desempenho de América e Apodi, por exemplo, na primeira edição do Campeonato Brasileiro de Futsal. Uma pena que ambos se enfrentaram nas Quartas de Final. Porém, coube ao Apodi chegar à decisão e, por muito pouco, não trouxe o título, perdendo para o Fortaleza. Ainda assim, consagrou-se como uma das grandes equipes do Nordeste. Quem sabe o título não chega em 2025?

Falando em conquistas, não podemos deixar de citar nossos atletas que disputaram os Jogos Paralímpicos de Paris, encerrando a competição com seis medalhas: uma de ouro com Arthur Silva no Judô, uma prata com Thalita Simplício no Atletismo, outra prata com Cecília Araújo na Natação, e três bronzes – Maria Clara Augusto no Atletismo, Rosicleide Andrade no Judô e Romário Marques no Goalball. Foram simplesmente incríveis!

Ainda poderíamos citar a permanência de nossos representantes na Superliga B de Vôlei, as conquistas de jovens atletas no Karatê, no Xadrez, e as vitórias durante o Festival Banco do Brasil. Enfim, 2024 foi um ano em que o potiguar pôde respirar esporte quase todos os 366 dias. Quem sabe, em 2025, seguimos nesse ritmo e com ainda mais conquistas por vir.

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