OPOSIÇÃO CARICATA
Em entrevista exclusiva ao Blog Daniela Freire (hospedado no portal do Novo), o Delegado de Polícia Civil do RN Fernando Alves, comentou questões técnicas e jurídicas da crise na segurança que durou duas semanas no RN. No âmbito político, Fernando, que faz parte do Movimento Policiais Antifascismo e é coordenador do Setorial de Segurança Pública do PT-RN, considerou que o que se viu no âmbito da oposição ao governo estadual foi “puro oportunismo caricato”. “O oportunismo é natural na política, mas chega a ser caricato, diante do quadro gravíssimo de violência e instabilidade nas ruas. Afinal, como é que políticos militantes da extrema-direita, tão defensores da ‘manutenção da ordem’, estavam contra um governo que queria exatamente manter a ordem?”, questionou.
BURRICE PARLAMENTAR
Para Alves, pedir o impeachment da governadora na Assembleia Legislativa, como chegou a fazer o deputado federal Sargento Gonçalves, “é de uma burrice parlamentar que chega a ser um tiro pela culatra”. Segundo o Delegado, “como não chamar de golpismo o fato de um parlamentar defender a retirada de um governante, num momento de crise na segurança, diante do ataque de grupos criminosos, se ele mesmo não tem um plano de contingência para debelar a violência, quando se depara com um governo que já mostrou serviço, ao mobilizar todo seu efetivo e convocar a Força Nacional?”, provocou.
APROVEITADORES
Segundo o Delegado, que é Mestre em Ciência Política pela PUC-SP, GLO e intervenção federal pelas Forças Armadas, como pedia o senador Rogério Marinho, por exemplo, já se mostraram ineficazes em situações como a do Rio de Janeiro. “Uma facção criminosa não vai deixar de recrutar integrantes e praticar delitos com tanques e soldados nas ruas. O crime organizado funciona de forma subterrânea. Não é um exército visível. Visível é apenas a caça oportunista de votos de políticos de oposição aproveitadores, e, até mesmo insensíveis, ao pensar somente no projeto eleitoral de 2024”.
COBRANÇA
O presidente da Petrobras Jean Paul Prates fez uma cobrança pública para que as distribuidoras e postos de gasolina pelo País repassem aos consumidores a redução do preço no diesel (R$ 0,03). Em seu Twitter, o ex-senador ressaltou o fato de que na hora de subir os valores os postos são rápidos, mas para diminuir para o consumidor “demooora”. “E aí, distribuidoras e postos? Bora reduzir os preços na bomba para o cidadão/cidadã e para o frete nacional? Senão não adianta de nada o nosso trabalho! Para subir, sobe até ‘no cheiro’ de boatos; mas para descer, demooora… tá errado, não? Bora acompanhar!”, reinvindicou.
BRECHA
Procurador da República no RN, Fernando Rocha sugeriu uma revisão na lei de terrorismo após assistir aos ataques criminosos ocorridos por duas semanas aqui no Estado. Para ele, é “urgente” que haja uma mudança para incluir casos como as ações das facções criminosas. “Por incrível que pareça, todo o caos e clima de medo gerados pelas facções criminosas no RN nos últimos dias não configuram o crime de terrorismo. Brecha incrível da lei penal”, disse.
SEM ÔNIBUS
A vereadora Brisa Bracchi denunciou na manhã de hoje que apenas dois veículos estão fazendo a linha circular da UFRN, instituição que voltou hoje às atividades, após o fim dos ataques crimonosos. “Nosso mandato está buscando a STTU para ter explicações e tomar providências sobre a situação”, disse. De acordo com a parlamentar do PT, “garantir transporte público na retomada da UFRN é o mínimo que a Prefeitura tem que fazer”, afirmou.
GIRO PELO TWITTER
> …do jornalista Luis Nassif: “Vídeo editado transformou Raquel Landim em vítima de agressão que não houve. O que a mídia fez, no episódio da entrevista do ministro da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, é construção típica de rede social. Definitivamente, não é jornalismo”;
…do jornalista Bruno Barreto: “Sobre a ameaça de morte a Sérgio Moro por parte do PCC não se discute que ela existiu. Mas o ex-juiz mentiu sobre a motivação. Quem pediu a transferência de presos para o sistema penitenciário federal foi o promotor Lincoln Gakiya, o pavor dos criminosos. Foi uma decisão judicial que não teve qualquer participação do então ministro. Sabe quem construiu os presídios federais? Os governos do PT. A raiva dos bandidos contra Moro é por causa da portaria que proibiu a visita íntima nos presídios federais. A mídia do mercado financeiro comprou mais uma falácia do agora senador”.
