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Coluna Daniela Freire – 05 de Setembro

por: NOVO Notícias

Publicado 5 de setembro de 2022 às 17:49

COLUNA DANIELA FREIRE

Carlos Eduardo anda por aí fazendo campanha e o ‘L’ de Lula junto à militância petista. Nas entrevistas ele já disse que vota Ciro para presidente. Mas ao lado dos aliados a história é outra. E na urna, qual será o escolhido do pedetista? – Foto: Divulgação

Voto
No debate transmitido pela Band, na última nesta sexta-feira (2), o candidato ao Senado, Carlos Eduardo Alves, foi confrontado diretamente pelo adversário Rafael Motta sobre o seu voto para presidente. “Eu voto Lula, você vota?”, perguntou o presidente do PSB. O pedetista gaguejou na resposta e gerou material para a campanha de Motta, que tem usado muito o voto do ex-prefeito em Ciro Gomes como mote de campanha.

 L ou C?
Fato é que apesar de Carlos Eduardo já ter dito e repetido que vota em Ciro no 1° turno, ele tem feito muito o ‘L’ de Lula nos movimentos da campanha petista, ao lado dos novos aliados. Será que na urna vai dar Ciro mesmo?

Deu ruim
Ainda no debate da Band entre os candidatos ao Senado, Carlos Eduardo acabou concordando que a Reforma Trabalhista, projeto extremamente criticado pela esquerda, foi necessária. Além de desagradar o PT, a fala do ex-prefeito fez cair por terra o seu maior argumento contra Rogério Marinho, autor da proposta.

Casa do adversário
Primeiro lugar nas pesquisas, que indicam que são boas as suas chances de reeleição já no 1° turno, a  governadora Fátima Bezerra optou por não participar do debate que será promovido hoje, a partir das 18h, pela Tribuna do Norte. Em situações como a da petista, não é incomum que as campanhas escolham esse caminho. A análise é de que ela seja a mira principal dos adversários na disputa, gerando material para campanhas concorrentes. Mas há outro componente importante para a tomada dessa decisão: a Tribuna do Norte pertence hoje a ninguém menos do que o 1° suplente de Rogério Marinho, o candidato do bolsonarismo ao Senado: o empresário Flávio Azevedo.

Universidade do Seridó
Quinze anos após ser apresentado no Senado, em 2007, pela então senadora potiguar Rosalba Ciarlini, à época filiada ao DEM, o Projeto de Lei nº 2.519, que autoriza o Poder Executivo a “criar a Universidade Federal do Seridó Potiguar, por desmembramento da Universidade Federal do Rio Grande do Norte”, foi considerado, na última terça-feira (30), inconstitucional na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados.

Inconstitucional
O relator, deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), julgou que “há vícios de natureza insanável” no projeto de Rosalba, por ser “meramente autorizativo e cuja iniciativa é incompatível com os ditames da Carta Magna”. O PL de nº 2.519 pede para autorizar o Poder Executivo a criar a Universidade Federal do Seridó Potiguar por desmembramento da UFRN, estabelecendo que os campi localizados nas cidades de Caicó e Currais Novos possam integrar a nova universidade.

Análise dos potiguares
Antes de ser considerado inconstitucional pela CCJ da Câmara, o projeto passou pelas mãos de vários parlamentares do RN. Em maio de 2009, a então deputada Fátima Bezerra era a relatora do PL e deu parecer negativo na Comissão de Educação. Em seguida, outra deputada potiguar, Sandra Rosado, assumiu a relatoria do projeto na Comissão de Trabalho e Administração e deu parecer aprovando. No início de 2010, o então deputado Felipe Maia também assumiu a relatoria do PL na Comissão de Constituição e Justiça da Casa, mas devolveu sem manifestação.

Giro pelo Twitter…

…do jornal O Globo: “Cármen Lúcia nega mais um pedido de remoção de vídeos em que Lula chama Bolsonaro de genocida”;
…do cientista político Daniel Menezes: “Lembrando que em 2015, quem falava que Moro lutava pela poder, era ridicularizado. A história mostrou o jogo. Muitos que o apoiaram se fazem agora de doidos. Outros dão endosso velado. As passadas de pano de Moro sobre a corrupção atual que ele tanto dizia combater são o tapa final”;
…do jornalista Ricardo Noblat: “O que menos importa aos bolsonaristas é se seu lider é ladrão. Corrupção importou há 4 anos, agora não mais”.