Coluna Daniel Cabral – 04 de outubro

“Minha história política sempre foi ao lado da direita mais conservadora do RN. Natural receber o apoio de partidos dessa linha ideológica”, disse o Ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, em entrevista à rádio 96FM.

Marinho esqueceu da época em que foi filiado ao PSB, quando peitou Wilma de Faria na tentativa de ser candidato a prefeito pela legenda. Foi Rogério quem tirou a festa que o PSB fazia nas suas convenções e, em 2008, obrigou o partido a usar o antigo Machadinho para uma convenção cartorial, com direito a silencio e fila de votação. Perdeu para o grupo de Guerreira que decidiu apoiar Fátima Bezerra.

A morna CPI da Covid tentou esquentar a discussão com a presença de três deputados estaduais da Paraíba que foram convocados para depor. Os depoimentos de Walter Virgulino (Patriota), Cabo Gilbrtto (PSL) e Davi Maia (DC) deixaram a CPI com cara de palco (ou picadeiro).

Os três parlamentares resumiram suas participações à “incrível” percepção de que os estados que formam o Consórcio Nordeste foram roubados pela empresa que recebeu o dinheiro e não entregou os respiradores. E não faltaram frases como “não há provas, mas há indícios”. Tenha santa paciência.

Agora a expectativa da semana é que haja um depoimento que, finalmente, tenha algo a acrescentar. É esperado que o Secretário Executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, conte mais a respeito do contrato de compra dos respiradores, que o RN foi enrolado em R$ 5 milhões e não recebeu os equipamentos.

O que há em comum entre os vereadores Paulinho Freire (PDT), presidente da Câmara Municipal, e o vereador Kleber Fernandes (PSDB), além da disputa que devem travar por uma vaga de deputado federal em 2022? Ambos querem chegar à prefeitura em 2024 e suceder o prefeito Álvaro Dias. Pelo trabalho de articulação, experiência política e capacidade de juntar mais gente no projeto, Paulinho tem mais expressividade. O resultado das urnas no ano que vem dirá muito.

O Prefeito de Mossoró foi mero coadjuvante na passagem da gestão estadual pela cidade. Apesar de adversário político de Fátima Bezerra, ao tentar passar a imagem de um político com novas posturas, Allyson Bezerra poderia ter aproveitado melhor a oportunidade. Ao contrário disso, o prefeito ficou apagado.