Na próxima quinta-feira (12) acontece um jantar de negócios do Delta Flow Investimentos, escritório agente autônomo de investimentos credenciado ao BTG Pactual com atuação em Natal. No evento, exclusivo para clientes da Delta Flow, estará presente, ministrando uma palestra, o economista-chefe para o Brasil do BTG Pactual, Cláudio Ferraz.
Sobre o mercado de capitais, o NOVO preparou uma entrevista com Paulo Henrique, sócio e responsável pela operação da Delta Flow no Nordeste. Confira:
NOVO – Como você avalia o mercado de capitais para 2022? E como está o cenário para quem pretende investir, especialmente em um ano político e pós-pandemia?
Paulo Henrique – O que a gente tem observado para 2022 é um cenário de bastante cautela. Para quem quer se posicionar dentro do seu portifólio de investimentos, a nossa recomendação hoje é uma posição mais defensiva para que a gente possa aproveitar os ativos que estão indexados a papéis de renda fixa, principalmente indexados à inflação ou juros no Brasil. Então, tudo que a Selic aumentar, esses papéis indexados a juros vão ser remunerados na mesma proporção.
Nós percebemos um ritmo muito acelerado em 2021 para renda variável. Todo mundo [estava] aguardando uma retomada da economia com o avanço das vacinas, mas o efeito foi o contrário. A gente percebeu uma inflação muito exagerada, e isso trouxe uma retração pra economia, fazendo com que os ativos de risco perdessem atratividade, porque o Brasil teve que subir juros nesse mesmo período. Então os juros da renda fixa, que é atrelada à Selic, saíram de uma taxa de 2% ao ano, chegando hoje a R$ 12,75. Então, a partir do momento que ela passou de dois dígitos, o prêmio de risco, que a gente chama, para se investir em ativos atrelados a bolsa de valores ou renda variável perdeu atratividade. E quem ganhou atratividade nesse momento de cautela e de dúvidas em relação ao futuro, foi a renda fixa. Então o investidor não precisa mais arriscar o dinheiro para ter uma rentabilidade que a gente chama de ganho real, que é quando a gente tem um ganho atrativo acima da inflação. A recomendação do BTG é que a gente tenha muita paciência nesse momento em que a gente não enxerga grandes horizontes positivos para os investimentos de risco. Primeiro por um cenário político polarizado. Segundo, com relação ao mundo internacional. Os Estados Unidos têm subido juros com uma força muito maior do que o que o mercado esperava, e isso tem feito com que os ativos de riscos americanos também percam atratividade para a renda fixa. Então tudo isso faz com que o Brasil e os países emergentes percam dinheiro.
NOVO – Qual o objetivo desse jantar de negócios que será realizado esta semana em Natal?
PH – O nosso público-alvo é um público de private bank e empresas Corporate, que têm faturamentos acima de R$ 500 milhões ao ano, e o cliente que tem pelo menos R$ 1 milhão de investimentos no mercado. O nosso escritório trata de toda a gestão dos ativos desses investidores ou das empresas e, atrelado a isso, a gente também traz um planejamento patrimonial a esses clientes. Então, como uma troca saudável de reciprocidade, a gente também proporciona jantares a nossos clientes, junto com economistas do BTG e do mercado. Esse é o segundo jantar que a gente está fazendo aqui em Natal. É um evento fechado para 70 convidados, e o nosso grande objetivo é alimentar nossos clientes de informações fidedignas relacionadas ao cenário econômico, político e internacional.
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