Permanece sob investigação a morte da bebê de quatro meses que se tornou a primeira paciente do Rio Grande do Norte com suspeita de hepatite aguda de causa desconhecida. Ao todo, 64 casos suspeitos em, pelo menos, 15 estados do Brasil estão sob investigação. A expectativa é de que o Ministério da Saúde se posicione sobre a morte ocorrida em solo potiguar ainda nesta semana. O caso é o único no estado até o momento.
Natural de Serra do Mel, a bebê estava internada desde o dia 8 de maio no Hospital Wilson Rosado, no município de Mossoró e, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a morte teria ocorrido em 17 de maio, nove dias após a internação. O óbito foi confirmado pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) no último dia 24. Em nota, o órgão confirmou a notificação do caso em investigação da hepatite aguda de origem ainda desconhecida em criança, com características semelhantes aos relatados em diversos locais do mundo. A situação está sendo acompanhada pelo Centro de Informações Estratégicas e Resposta em Vigilância em Saúde da Sesap, que aguarda a conclusão do Ministério da Saúde sobre a causa da morte.
Ainda em nota, a Sesap reforçou sobre a importância de estar atento aos sinais como: sintomas gastrointestinais, dor abdominal, diarreia e vômitos, e icterícia (quando a pele e a parte branca dos olhos ficam amareladas). Quando forem identificados tais sintomas, procurar imediatamente assistência médica.
O infectologista Kleber Luz acrescenta que todo caso de hepatite, em especial, que está afetando crianças inicia com sintomas gerais, ou seja, febre, mal estar e pode ser associado ou não com náuseas e vômitos. “Após uns dois ou três dias, a urina da criança começa a ficar escura. E só depois disso, é que os olhos ficam amarelados, o que não deve ser confundido com palidez. É importante observar que a urina escura aparece antes do olho amarelar”, afirma.
Caso a criança desenvolva a urina escura, explica o médico, a investigação deve iniciar por um simples exame de urina. “A primeira causa é investigar se não é infecção urinária, que também pode deixar a urina dessa forma. Então, é colher o exame de urina para verificar a presença de bilirrubina. Se tiver, tem que verificar as taxas do fígado”, acrescenta Kleber Luz, sobre a hepatite causada por um adenovírus. “Não é esperado que um adenovírus cause hepatite. Então, o que está sendo questionado é qual outro fator está favorecendo o surgimento desta doença”, completa.
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