Os números de casos de dengue e chikungunya só crescem no Rio Grande do Norte e tem preocupado as autoridades sanitárias. De acordo com o Boletim Epidemiológico do Centro de Zoonoses de Natal, divulgado no último dia 8, foi registrado um aumento de 407,6% entre os meses de janeiro e abril deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Tem aumentado a procura por atendimento nas unidades de saúde do Município.
No levantamento do CZN sobre arboviroses, a dengue é a que mais apresenta aumento os casos (336,91%), tendo em segundo lugar zika (266,67%) e chikungunya (75%). Março é o mês com maior incidência de casos notificados (651), seguido por fevereiro (154). Só os primeiros meses de abril apresentaram 69 notificações – motivo para preocupação, incluindo também a questão da prevenção.
Para o coordenador de Operações de Campo do Centro de Zoonoses de Natal, Dianaldo Rodrigues Lopes, a falta de conscientização da população tem contribuído muito para esse cenário de aumento de notificações. E a pandemia também tem sua parcela de contribuição negativa, segundo ele.
Dianaldo avalia que o cidadão não se preocupa em seguir as recomendações dos órgãos públicos de saúde. Inclusive, até as visitas em domicílio a população não está aceitando a visita. “E ainda há um índice altíssimo de imóveis fechados ou desabilitados; e aqueles que não estão, não aceitam a visita do agente de endemias.”
“Estamos encontrando focos no quintal, em latas, garrafas, piscina… enfim, muitos criadouros de fácil manejo que são de responsabilidade dos moradores, que não estão fazendo o manejo ambiental, comenta o coordenador, que considera o atual momento bem grave e critica aqueles que descartam potenciais criadouros de todos os tipos e em todos os lugares.
Quem estiver incomodado com algum terreno baldio com acúmulo de lixo ou identificar possíveis focos na vizinhança, o coordenador de Operações do Centro de Zoonoses indica ligar para os telefones 3232-8235 e 3235-8238 e solicitar a presença de uma equipe.
A babá Elizângela Francisca Nascimento diz ter ficado um mês e algumas semanas sentindo fortes sintomas e consequências da chikungunya, principalmente inchaço nas articulações, nos braços, e em outros pontos do corpo. Ela conta ainda não poder segurar as coisas com firmeza devido a dores nos dedos.
“Fiquei afastada do trabalho por três semanas. Ainda consegui trabalhar doente, mas chegou a um momento em que eu não aguentei mais”, lembra Elizângela, que procurou atendimento por duas vezes, uma na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade da Esperança e de Cidade Satélite. “Fui quatro vezes na UPA e eles me deram medicação. Estava lotada todas as vezes que fui. Muitos casos.”
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