O Carnatal faz parte do calendário dos grandes eventos do país. Há 31 anos, a micareta atrai foliões e turistas de todos os lugares do Brasil. Para os setores do Comércio, dos Serviços e do Turismo, o período representa uma oportunidade para geração de empregos e renda. Para aferir os impactos do evento, o Instituto Fecomércio RN realizou uma pesquisa para traçar o perfil dos participantes da festa e apresentou aos diretores do Carnatal, nesta terça-feira (27).
O levantamento apontou que os gastos dos foliões com a participação na festa, direta e indiretamente, movimentaram cifras em torno de R$ 60,8 milhões em toda a cadeia do turismo. Desse montante, R$ 41,9 milhões vieram dos turistas, já os residentes da capital potiguar deixaram R$ 18,9 milhões.
“O Carnatal é um evento que se reinventou ao longo das últimas décadas. O nosso objetivo com este levantamento é contribuir para que os produtores e empresários que, de alguma forma, se beneficiam com a realização do evento possam compreender o comportamento do mercado, realizar avaliações e adotar decisões estratégicas futuras”, pontou o presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz.
“Essa pesquisa é o primeiro levantamento do tipo em mais de 30 anos de evento. Eu diria que, hoje, este é o maior documento do Carnatal que temos em mãos e certamente vai trazer mudanças para o nosso planejamento para um evento ainda melhor em 2023. Quero registrar meu agradecimento pela iniciativa da Fecomércio RN, que é uma grande parceira do Setor de Eventos e que vem desempenhando um trabalho de apoio e fortalecimento das nossas atividades, especialmente desde a Pandemia”, afirmou o empresário da Clap Entretenimento, Fred Queiroz, um dos responsáveis pela realização do evento.
Gastos
De acordo com os resultados do levantamento, o público potiguar deste ano gastou, em média individual por dia, R$ 596,40 no Carnatal, valor distribuído entre diversão (33,96%), compras (32,59%), alimentação/bebidas (25,75%) e transporte (7,70%).
Os turistas gastaram individualmente, por dia, R$ 1.323,05, direcionados para diversão (28,05%); alimentação/bebidas (23,05%); compras (22,65%), hospedagem (16,12%) e transporte local (10,13%).
Renda
A maior parcela (33,72%) das pessoas que estiveram na festa possuía renda de três a cinco salários mínimos. Já 29,52% dos participantes entrevistados declararam rendimentos de até dois salários; 20,74% entre seis e 10 salários; e 12,60% mais de 10 salários mínimos.
A renda média calculada com base nas respostas dos entrevistados ficou em 4,6 salários mínimos. Os turistas que participaram do Carnatal possuíam renda média de 6,1 salários, enquanto os potiguares de 3,8 salários.
O levantamento do Instituto Fecomércio RN também verificou que 39,82% dos participantes do Carnatal festejaram com amigos; 35,11% com companheiros (as); 15,65% com a família; e 9,41% sozinhos.
A pesquisa mostrou ainda que 66,54% dos participantes eram norte rio-grandenses, enquanto 33,46% das pessoas eram turistas.
No geral, o evento teve aprovação da grande maioria dos participantes. 88,93% dos entrevistados afirmaram que pretendem retornar à festa e 96,2% recomendariam o evento para os parentes e ou amigos.
Frequência
A maior micareta do Brasil mostrou que tem um público fiel com potencial para atrair, a cada ano, novos participantes.
A maior parcela dos entrevistados, 42,49%, afirmou já ter participado da festa de duas a sete edições anteriores. Já 31,04% haviam participado do evento em oito ou mais anos. Os foliões que participaram do Carnatal pela primeira vez somam 26,46% dos entrevistados.
Dentre os atrativos relatados pelos participantes, dados revelaram que as atrações musicais oferecidas pelos blocos foram o principal atrativo para os foliões (47,96%). A animação e alegria proporcionada pelo evento foi a motivação para 25,57% das pessoas. A tradição de participar do evento foi citada por 14,76% dos entrevistados. Férias, organização e estrutura do evento somaram 5,22% das respostas.
A pesquisa foi realizada entre os dias 09 e 11 de dezembro, ouvindo 785 pessoas e possui um Índice de Confiança de 95%.
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