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Candidato ao Senado, Dário Barbosa promete defender direitos dos trabalhadores

Candidato é o quinto de uma série de entrevistas do Novo Notícias com os postulantes do RN ao Senado nas eleições de outubro

por: NOVO Notícias

Publicado 1 de setembro de 2022 às 08:21

Candidato ao Senado, Dário Barbosa (PSTU) – Foto: Lenilton Lima

A Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte recebeu dez candidaturas ao Senado para as Eleições 2022, que acontecem em outubro. Um desses candidatos é o professor aposentado Dário Barbosa (PSTU). Em entrevista ao Novo, ele contou um pouco de sua trajetória, expôs estratégias para conquistar votos e propostas para caso seja eleito. Confira:

Novo – Candidato, nos conte um pouco da sua trajetória de vida e política.

Dário Barbosa – Iniciei minha militância no movimento popular, nos anos de 1980, e depois no movimento sindical. Em 1992, já por discordar dos rumos que o PT estava tomando, rompi com este partido para construir o PSTU, do qual hoje sou presidente do diretório estadual. Em 2003, deixei a CUT para construir a CSP-Conlutas, uma nova central sindical e popular, que mantém a independência dos governos. Durante minha trajetória política, sempre defendi como princípios a independência de classe e o socialismo, através de um governo dos trabalhadores.

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N – Qual a sua principal estratégia para conquistar votos nessa eleição?

DB – As eleições são desproporcionais para os partidos, pois o sistema eleitoral é antidemocrático. Vence quem tem mais dinheiro. O próprio fundo eleitoral alto que os outros partidos recebem é expressão disso, além do tempo de TV e rádio que nós não temos. Soma-se a isso o apoio dos grandes empresários. Nossa campanha é financiada pela própria militância e trabalhadores simpatizantes.

Estamos nos locais de trabalho e estudo, nas ruas, nas lutas e nas redes sociais dialogando com os trabalhadores sobre nossas ideias. Nestes espaços vamos desenvolver nossa campanha. Cada voto no PSTU é o fortalecimento da organização da classe trabalhadora e do programa socialista e revolucionário.

N – Quais são suas propostas e objetivos para quando assumir uma vaga no Senado em 2023, caso seja eleito?

DB – Há uma relação de promiscuidade entre o poder Legislativo e Executivo. O orçamento secreto, que é mais uma aberração da política brasileira, é um dos exemplos disso. É a institucionalização da corrupção aprovada pelo Congresso Nacional. Isso evidencia que a Câmara e o Senado são instituições que só beneficiam os ricos e poderosos. Assim, o governo Bolsonaro compra os deputados e senadores em troca de votos favoráveis em suas políticas.

Os outros candidatos não dizem isso. Pelo contrário. O bolsonarista Rogério Marinho destruiu nossos direitos trabalhistas e representa o que tem de pior na política brasileira. O candidato do PT no RN e da governadora Fátima Bezerra é Carlos Eduardo Alves, parte das oligarquias do estado e que apoiou Bolsonaro em 2018. Rafael Motta (PSB) é mais um oportunista. Votou a favor do impeachment de Dilma e hoje está abraçado com o PT. Além disso, é do mesmo partido de Alckmin e Henrique Alves.

Não votaremos nada que prejudique os direitos dos trabalhadores. Somos contra a privatização da Petrobrás, da educação e da saúde, por exemplo. Tanto os governos de Fernando Henrique, do PT quanto o atual de Bolsonaro atuaram para desmontar o SUS. No Congresso, temos que aumentar o orçamento para os serviços públicos. Uma das nossas propostas é destinar 10% do PIB para a saúde e 10% do PIB para a educação.

Propomos também a redução dos salários dos políticos. Essas regalias fazem do Estado um verdadeiro garantidor de privilégios, corrompem os partidos e funcionam como trampolim para a corrupção. Além disso, para a segurança pública, defendemos a desmilitarização da Polícia Militar, com uma polícia civil única, para que os policiais tenham direito de organização. É preciso mudar também o regimento e a educação das polícias, que hoje funcionam como o braço armado do Estado para exterminar sobretudo a juventude pobre e negra.

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