A campanha eleitoral para prefeitos começou oficialmente em 16 de agosto. Em Natal, o eleitor mais desavisado pode nem ter percebido, pois o clima de campanha ainda não chegou às ruas. Além disso, as redes sociais dos políticos não atraíram novos seguidores, e a popularidade dos candidatos segue em baixa ao longo dessas duas semanas.
Até o dia 6 de outubro, data do primeiro turno, os candidatos terão de correr contra o tempo para conquistar o eleitorado. O cargo mais importante do Executivo municipal é disputado por: Carlos Eduardo, pelo PSD (55); Hero, pelo PRTB (28); Nando Poeta, pelo PSTU (16); Natália Bonavides, pelo PT (13); Paulinho Freire, pelo União Brasil (44); e Rafael Motta, pelo Avante (70).
A expectativa é que o programa eleitoral gratuito para televisão e rádio, iniciado na última sexta-feira (30), alavanque as candidaturas da maioria dos candidatos. No entanto, Hero e Nando Poeta, por não terem representantes no Congresso, ficaram sem espaço na TV e rádio.
O NOVO analisou os números dos candidatos à Prefeitura nas principais redes sociais – Facebook, Instagram, Twitter e YouTube. Após 15 dias do início da campanha, a reportagem coletou informações dos melhores ranqueados nas recentes pesquisas eleitorais para a capital: Carlos Eduardo, Paulinho Freire, Natália Bonavides e Rafael Motta.
Na corrida digital, a liderança é de Natália Bonavides, com o maior número de seguidores entre os avaliados, totalizando 440 mil. O segundo lugar do ranking é de Rafael Motta, com 133 mil seguidores. Carlos Eduardo possui um total de 109,5 mil seguidores. O pior resultado no ranking de popularidade é de Paulinho Freire, com pouco mais de 20 mil seguidores.
Mesmo com 15 dias de campanha eleitoral oficializada, os quatro candidatos somados registraram um aumento de apenas 12 mil seguidores. O melhor desempenho foi de Paulinho Freire, com 3,8 mil novos inscritos nas redes sociais.
Se no mundo digital a campanha segue morna, nas ruas a percepção também é a mesma. Os candidatos têm agendas com reuniões de campanha, encontros com grupos restritos de moradores e gravações. Nem mesmo bandeiras nas ruas são vistas nos últimos dias.
Uma mostra disso é o resultado da primeira pesquisa Quaest para as eleições em Natal. O levantamento, contratado pela InterTV, afiliada da Globo em Natal, mostrou que os eleitores não conhecem os postulantes ao cargo.
Em média, cerca de 30% do eleitorado conhece bem quem está disputando a cadeira do Palácio Felipe Camarão, sede da prefeitura. A exceção é Carlos Eduardo, que já foi prefeito de Natal por três mandatos, e é o mais conhecido entre as seis candidaturas, com 62% dos eleitores afirmando que votariam nele, enquanto 6% declararam não o conhecer e 29% afirmaram que, mesmo conhecendo, não votariam nele.
Paulinho Freire tem 30% de eleitores que o conhecem e votariam nele, 29% que não o conhecem e 38% de rejeição. Natália Bonavides é conhecida e tem o voto de 29% dos eleitores, 32% que não a conhecem e 37% de rejeição.
Rafael Motta possui 17% de eleitores que o conhecem e votariam nele, 43% que não o conhecem e 36% de rejeição. Hero é conhecido por apenas 4% dos eleitores que votariam nele, 82% não o conhecem e 12% têm rejeição ao seu nome. Nando Poeta tem 3% de eleitores que o conhecem e votariam nele, 78% que não o conhecem e 17% de rejeição.
O candidato à Prefeitura de Natal pelo partido União Brasil, Paulinho Freire, é o que apresenta a maior receita de campanha até o momento, totalizando quase R$ 2,8 milhões, conforme dados declarados à Justiça Eleitoral. Freire também declarou um gasto de R$ 10 mil com impulsionamento de conteúdo nas redes sociais. Apesar do alto valor de arrecadação, Paulinho ainda possui números baixos de engajamento nas plataformas digitais.
Em segundo lugar em termos de receita está Natália Bonavides, do PT, que declarou à Justiça Eleitoral, na última sexta-feira (23), ter recebido R$ 1 milhão da direção nacional do partido. Até o momento, não há detalhes sobre as despesas da candidata.
Rafael Motta, candidato pelo Avante, apresentou sua última declaração no sábado (24), informando o recebimento de R$ 300 mil da direção nacional do seu partido. Até aquela data, nenhuma despesa foi registrada em sua prestação de contas.
Carlos Eduardo, do PSD, declarou receitas de apenas R$ 10 mil, mas já registrou despesas de R$ 148.010,43. Os gastos incluem R$ 123.750,00 para confecção de adesivos em uma gráfica, R$ 10 mil para impulsionamento de conteúdo nas redes sociais, R$ 9.050,00 para confecção de bandeiras e R$ 5.210,43 com combustíveis.
Nando Poeta, candidato pelo PSTU, declarou receitas de R$ 59 mil provenientes da direção nacional do partido. Até o momento, o candidato gastou R$ 8,1 mil em despesas de campanha. Hero, candidato pelo PRTB, não fez nenhuma prestação de contas à Justiça Eleitoral até o momento.
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