De acordo com um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), os brasileiros estão trabalhando quase o dobro em 2023 para pagar impostos em comparação com as décadas de 1980 e 1970. O estudo revelou que o contribuinte médio trabalhou até 27 de maio para quitar suas obrigações tributárias, o que representa uma média de 147 dias.
Esse número é menor do que o registrado em 2022 (149) e tem diminuído desde 2019, quando atingiu seu pico de 153 dias do ano dedicados exclusivamente ao pagamento de impostos.
Em 2020 e 2021, o total de dias também foi de 149, influenciado pelos impactos econômicos da pandemia de COVID-19, de acordo com o IBPT.
Segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), o Brasil está atrás de países como Argentina, Uruguai, México, Chile, Japão, Suíça, Coreia do Sul e Estados Unidos em termos de carga tributária.
No entanto, o Brasil supera nações como Alemanha, Itália, Noruega e Dinamarca, exigindo nesta última um período de 164 dias de trabalho exclusivamente para pagar impostos.
É importante ressaltar que esse indicador refere-se apenas à carga tributária para pessoas físicas e não leva em consideração o tempo gasto com a complexidade do sistema tributário, algo que o governo pretende abordar por meio da reforma tributária em andamento no Congresso Nacional.
Segundo dados do Tesouro Nacional, a carga tributária brasileira foi de 33,71% em 2022, com 22,78% correspondendo a tributos federais, 8,59% a tributos estaduais e 2,34% a tributos municipais.
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