O Brasil deve encerrar o ano de 2022 com o superávit primário equivalente a 0,4% do Produto Interno Bruto (PIB). É o primeiro resultado positivo desde 2013. De acordo com o secretário-executivo do ministério da Economia, Marcelo Guaranys, o resultado é fruto de duas estratégias: melhoria do gasto público e do ambiente de negócios no Brasil. “Do lado da melhoria do gasto, a gente se preocupou em fazer a reforma da previdência para gerar uma grande economia por muito tempo, podendo liberar recursos para se gastar com outras coisas”, disse.
“Fizemos durante esse tempo todo uma reforma fiscal: melhorar a forma de gastar o recurso público e fizemos grandes privatizações, por exemplo. Tudo que eu gaste dinheiro e não precise, não de um benefício bom para o povo, a ordem era a gente segurar.”, continuou, dizendo ainda que “do lado do ambiente de negócios, nós desburocratizamos, desregulamos, fizemos a melhoria de marcos regulatórios com saneamento, energia elétrica, gás, para permitir que tenha mais investimentos e, quem quiser investir, possa investir no país”, completou.
Guaranys disse ainda que, apesar da redução de impostos, a arrecadação foi maior graças ao crescimento da economia.
O secretário-executivo do ministério da Economia também fez um balanço dos gastos extras com a pandemia. Segundo ele, a pasta tentou minimizar os impactos do ponto de vista econômico e citou o Auxílio Emergencial: “Um programa enorme que a gente consegue distribuir R$ 350 bilhões para mais de 60 milhões de pessoas. Isso é impressionante. Um dos maiores programas do mundo de distribuição de renda”. Ele citou também o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda (BEm) no qual foi permitida a flexibilização dos salários com a contribuição do governo com parte do salário.
Para as empresas, Guaranys citou a concessão de R$ 149 bilhões crédito para mais de 1 milhão de empresas. De acordo com ele, graças a essas medidas, o Brasil conseguiu crescer após a pandemia, diferentemente de outros países.
Outro ponto citado foi a redução de impostos para combustíveis. “O Congresso fez com que os estados limitassem o ICMS, reduzindo os impostos cobrados sob os combustíveis para o povo. E nós fizemos a nossa parte também: reduzimos o PIS/Cofins e seguramos a tributação para que o preço reduzisse”, disse o secretário.
Guaranys ainda citou a redução de 35% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) da maioria dos itens fabricados no Brasil para diminuir o preço de produtos. Também citou que produtos que tinham mais impacto na cesta básica tiveram seu imposto de importação zerado, “permitindo que produtos importados viessem para baratear o preço”. De acordo com ele, as medidas tiveram por finalidade conter a inflação.
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