Vestido usado por Janja da Silva nos eu casamento ajudou a divulgar os bordados do Seridó para todo o Brasil. Foto: Ricardo Stuckert

Vestido usado por Janja da Silva nos eu casamento ajudou a divulgar os bordados do Seridó para todo o Brasil. Foto: Ricardo Stuckert

Cultura

Riqueza Bordado do Seridó se torna patrimônio imaterial e artístico do Rio Grande do Norte

Condição foi alcançada após sanção de projeto da deputada estadual Isolda Dantas (PT), aprovado na ALRN

por: NOVO Notícias

Publicado 24 de janeiro de 2025 às 19:30

Trazido pelas mulheres dos colonizadores portugueses da Ilha da Madeira no início do século XVIII, o bordado do Seridó está cada vez mais em alta. E recentemente foi reconhecido como patrimônio cultural e imaterial do RN pelo governo estadual, que sancionou a lei fruto do projeto de iniciativa da deputada Isolda Dantas (PT).

Se antes ele era um ofício das moças prendadas, há tempos vem se fortalecendo como um dos grandes responsáveis pela principal renda de muitas famílias, especialmente no Seridó. “Além de fonte de renda, a prática das bordadeiras vem ressignificando a tradição artesanal, transformando o bordado em um dos símbolos identitários da região”, destaca a deputada.

Tornar-se patrimônio de fato e de direito é uma valorização que vem se somar a outras iniciativas. Alguns episódios recentes mudaram para sempre, positivamente falando, a história dos artesãos que sobrevivem da atividade.

Um deles foi o selo de Indicação Geográfica (IG), em 2020, na categoria indicação de procedência, aos Bordados de Caicó, aqueles produzidos na cidade e mais em outros 11 municípios do Seridó com tradição na arte de bordar.

O selo contribui para tirar as artesãs da invisibilidade e garantir a procedência e qualidade do produto. É um diferencial para criar identidade e abrir novos mercados. Ele foi concedido pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), fruto de uma batalha de 12 anos que envolveu os artesãos, entidades de classe como o Comitê Regional das Associações e Cooperativas Artesanais do Seridó (CRACAS), Sebrae, entre outros.

Outro episódio, que levou os holofotes do País para as bordadeiras, foi com o vestido usado no casamento da primeira-dama do País, totalmente confeccionado pelas talentosas mãos das bordadeiras seridoenses radicadas em Timbaúba dos Batistas.

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