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Bolsonaro usa coletiva sobre tragédia em Recife para criticar governadores

Pelo menos 84 pessoas morreram e outras 56 estão desaparecidas em decorrência das fortes chuvas que caem no Grande Recife desde a terça-feira (24)

por: NOVO Notícias

Publicado 30 de maio de 2022 às 11:13

Presidente Jair Bolsonaro (PL) durante coletiva de imprensa nesta segunda-feira (30), no Recife — Foto: Pedro Alves/g1

Mesmo após dizer que não se deve fazer política em cima da tragédia em Pernambuco, onde pelo menos 91 pessoas já morreram em decorrência de fortes chuvas, o presidente Jair Bolsonaro aproveitou uma coletiva de imprensa após sobrevoar as áreas afetadas para criticar governadores e defender seu governo. Em discurso político, o mandatário também falou sobre temas como o preço do diesel e o reajuste do funcionalismo.

De acordo com o presidente, “faltou iniciativa” por parte do governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), que não compareceu à coletiva de imprensa. “Governador tem que esquecer questão política, arregaçar as mangas e vir trabalhar e não fazer política em cima da desgraça de alguns”, afirmou Bolsonaro nesta segunda-feira (30). “Talvez, acho melhor ele não estar presente aqui”, acrescentou.

Correligionário de Geraldo Alckmin, Câmara apoia a pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da SIlva (PT) à Presidência da República. O petista, natural de Pernambuco, tem grande popularidade no Estado.

Bolsonaro ainda voltou a afirmar que não há corrupção em seu governo e a cobrar a diminuição do preço do diesel, em linha com o que costuma dizer em outros discursos políticos e em suas lives nas redes sociais. “Estamos buscando, de forma legal e sem interferir, diminuir o preço dos combustíveis. E é absurdo cobrar mais de 40% de ICMS na energia elétrica”, disparou o chefe do Executivo.

O presidente ainda comentou a possibilidade de conceder a reestruturação de carreiras dos policiais, uma promessa feita à categoria ainda não cumprida. “Esperamos oportunidade para reestruturar carreiras e conceder reajustes. No momento, está bastante complicado”, declarou Bolsonaro. Hoje, a tendência é o governo oferecer 5% de aumento para todo o funcionalismo. “PRF, o problema não é nosso lado, são os outros servidores que não admitem a reestruturação”, acrescentou.

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