Convidada à disputa pelo prefeito Álvaro Dias, ela atuará em defesa das minorias combatendo a violência contra crianças, mulheres, idosos e pessoas com deficiência
Publicado 13 de julho de 2022 às 11:45
A comunicadora, radialista e apresentadora Anne Marjorie aceitou o convite feito pelo MDB e confirmou sua pré-candidatura a deputada estadual nas eleições de outubro. Aos 39 anos, mãe solo de dois filhos, a comunicadora tem se tornado referência na luta contra a violência e decidiu ampliar esse trabalho agora entrando na vida pública.
“Por conta da falta de nossa participação na política nós acabamos pagando um preço altíssimo. As pessoas precisam se posicionar e entender que o lugar de respeito que a gente tanto busca, apesar de tudo, vem da política. É nela que a transformação acontece”, diz Anne Marjorie.
Ela aceitou o convite de prefeito de Natal, Álvaro Dias, para fazer parte da nominata do MDB pelo resultado do seu trabalho no combate a violência contra as crianças, adolescentes, a mulher, pessoas com deficiência e idosos.
Idealizadora de projetos como o “Movimento Esperançar”, de ajuda a vítimas da violência doméstica, e o “Suave Inclusão”, de atendimento à pessoa autista, Down e seus familiares, Anne Marjorie quer usar sua voz para fazer as pessoas enxergarem a urgência de falar sobre e lutar contra as múltiplas formas da violência.
“Eu cansei de dizer não para a política. Já tinha recebido muitos convites ao longo dos últimos 20 anos, mas entendi que precisamos ocupar os espaços onde as decisões são tomadas e poder fazer, de fato, algo que ajude diretamente as pessoas”, comenta Anne, que também é terapeuta e concluinte do curso de Psicologia.
“É impossível se conformar vendo mulheres sendo violentadas todos os dias, ver crianças e até bebês sendo abusados sexualmente, e ver que em grande parte das vezes o agressor permanece impune”, pontua.
Violência sofrida na pele
Anne Marjorie foi vítima de violência doméstica e chegou a ser mantida em cárcere privado. Ela resolveu usar a exposição que tinha na TV e nas redes sociais para expor o caso e iniciou um movimento em favor de mulheres e crianças que sofrem violência e abuso sexual, patrimonial e psicológico.
“Eu literalmente abri as portas da minha casa e desde então tenho recebido pessoas que, como eu, foram violentadas das piores formas possíveis de se imaginar. Agora eu sinto que é possível fazer mais e foi por isso que recebi com muita coragem esse desafio de ser a voz dessas pessoas que clamam por segurança, por proteção e por direitos”, afirma Anne Marjorie.
Anne Marjorie deixa claro que essa luta não é só das mulheres, mas também dos pais, homens, maridos, namorados, de todo mundo que de certa forma convive com quem pode sofrer abusos.
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