Em conversa com o blog, o membro do Comitê Científico e coordenador do LAIS ressaltou que o momento exige passaporte da vacina e cancelamento de festas, mas nada de lockdown
Publicado 1 de fevereiro de 2022 às 18:07
A obrigatoriedade do passaporte da vacina imposta pelo Governo do Estado é uma “medida acertada”, neste momento, no combate ao aumento de casos de covid-19 no RN, afirmou ao blog o membro do Comitê Científico e coordenador do LAIS da UFRN Ricardo Valentim. De acordo com ele, o RN está vivenciando, hoje, o auge da contaminação pela cepa Ômicron em território potiguar. “Se não estamos no pico, estamos muito próximos de atingí-lo”, garantiu.
Valentim explicou a importância do passaporte diante desse cenário de contaminação. Segundo ele, dados do LAIS apontaram que sete dias após o decreto do Governo determinando o passaporte nas entradas de shoppings, bares e restaurantes, houve um aumento de 98% de pessoas se vacinando pela primeira vez (D1) contra o novo coronavírus. “Em Natal, o aumento foi de 157% com D1”, ressaltou. Além disso, também houve aumento de percentual na imunização de potiguares com a D2: quase 30% dos vacinados com uma dose voltaram para a segunda.
“Ou seja, o passaporte é uma importante ferramenta de indução de política pública, que tem efetividade para estimular e induzir o processo de imunização que está sendo adotada contra a covid”, pontuou Valentim, que lembrou ainda que também é consenso no Comitê Cientifico que haja a suspensão de festas nesse momento no RN.
“Não é prudente grandes eventos, acima de 500 pessoas. A disseminação é mais rápida. Mesmo sendo mais leve, algumas pessoas são acometidas com sintomas graves. Precisamos mitigar esses efeitos. O LAIS acha correto suspender eventos em fevereiro”, disse ele.
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