A Petrobras descobriu uma acumulação de petróleo em águas ultraprofundas da Bacia Potiguar, no poço exploratório Anhangá, na margem equatorial brasileira, que fica localizada entre os estados do Amapá e Rio Grande do Norte. A empresa informou a descoberta nesta terça-feira (9).
A margem equatorial se estende por mais de 2.200 km ao longo da costa entre o Rio Grande do Norte e o Oiapoque, no Amapá. A região é considerada a mais nova fronteira exploratória brasileira em águas profundas e ultraprofundas, e já foi chamada de “novo pré-sal”.
Para ambientalistas, no entanto, a atividade petrolífera na região pode resultar em prováveis tragédias ambientais, o que afetaria diretamente o território amazônico. Além da Bacia Potiguar, nela estão inseridas as bacias do Foz do Amazonas, do Pará-Maranhão, de Barreirinhos e do Ceará.
De acordo com a Petrobras, a acumulação de petróleo descoberta foi encontrada em uma profundidade de água de 2.196 metros. O poço Anhangá está situado próximo à divisa entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte – ele fica a cerca de 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal.
Esta é a segunda descoberta na Bacia Potiguar em 2024. Em janeiro, a companhia divulgou que encontrou hidrocarboneto no Poço Pitu Oeste, a cerca de 24 km do poço Anhangá.
De acordo com a Petrobras, as descobertas ainda “merecem avaliações complementares”. A Petrobras é a operadora de ambas as concessões e detém 100% de participação.
Segundo a Petrobras, durante a perfuração desses poços, não houve nenhum incidente com trabalhadores ou com o meio ambiente.
Além das atividades na margem equatorial brasileira, a companhia adquiriu, em 2023, novos blocos na Bacia de Pelotas, no Sul do Brasil, e participações em três blocos exploratórios em São Tomé e Príncipe, país da costa oeste da África.
A companhia informou que pretende investir US$ 7,5 bilhões em exploração até 2028, sendo US$ 3,1 bilhões na margem equatorial. A previsão da Petrobras é que 50 novos poços exploratórios sejam perfurados neste período, sendo 16 na região da margem equatorial.
Com informações do G1
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