A deputada, acusada por Thiago Mesquita de fazer uso político no suporte aos protestos dos operários da região, garante que a Prefeitura não tem cumprido decisão judicial
Publicado 12 de setembro de 2023 às 23:49
A deputada federal Natália Bonavides e o vereador de Natal Daniel Valença têm rebatido fortemente as falas do secretário municipal de Meio Ambiente (Semurb), Thiago Mesquita, sobre a retirada dos trabalhadores da orla da Praia da Redinha para a construção de um novo equipamento turístico para aquela região, o Terminal Turístico da Redinha, com investimentos de R$ 25 milhões.
A ação promovida pela Prefeitura de Natal tem gerado protestos dos ambulantes e daqueles que eram empregados dos quiosques e boxes que foram derrubados do local. Eles alegam que não estão recebendo apoio social algum do Município. Apenas os donos desses estabelecimentos, cerca de 20, receberam indenizações para aguentar o período das obras sem trabalhar.
Os demais operários da região, além de não terem recebido amparo da gestão Álvaro Dias, estão sendo expulsos e impedidos de continuarem exercendo suas profissões no local.
Diante do apoio da pré-candidata a prefeita da capital potiguar e do vereador à mobilização desses trabalhadores, o titular da Semurb tem acusado a dupla, em entrevistas, de estarem fazendo uso político do movimento. Mesquita faz críticas às manifestações alegando que a Prefeitura está seguindo acordo judicial e que não cabe ao Executivo ajudar aos que não eram donos desses quiosques e boxes
Nesta segunda-feira, enquanto o secretário concedia entrevista à 98FM reafirmando essas posições, a parlamentar entrou no chat do programa Repórter 98 para desmentir as declarações que Mesquita dava à emissora.
“Gostaria de entrar no programa por telefone. O secretário está fazendo acusações muito deselegantes e sérias”, escreveu Natália logo após o secretário afirmar que estava “claro” que por trás dos movimentos havia “projeções político-partidárias”, citando nominalmente Bonavides e Valença.
Mesquita, ignorando o fato de que os trabalhadores que protestam não estão exigindo ajuda financeira e sim a permissão para continuarem trabalhando na região, no caso dos ambulantes, e apoio social para os que eram empregados e foram demitidos dos estabelecimentos ressarcidos pela Prefeitura, afirmou: “Não vamos permitir que isso se torne uma indústria de indenizações”.
De acordo com Natália e Daniel Valença, a Prefeitura não tem cumprido o seu papel social junto aos trabalhadores prejudicados pelas obras.
“A Prefeitura está indo nos programas, através do seu secretário, para dizer que o protesto dos trabalhadores é um absurdo e que já teria indenizado todos os que foram atingidos pela desocupação e isso não é verdade. Apenas as famílias que tinham os estabelecimentos receberam ajuda. Quem já foi a Redinha sabe que não são apenas os 20 donos de quiosques e boxes que tiram o sustento dali. Tem vários outros trabalhadores, como pescadores, vendedores e o pessoal que trabalhava nos quiosques”, disse a deputada em participação na 96FM, também nesta segunda-feira.
Segundo a parlamentar, o acordo judicial citado por Thiago Mesquita para embasar a expulsão desses trabalhadores do local e o pagamento de apenas 20 empresários donos de estabelecimentos também obriga a gestão Álvaro Dias a fazer um plano de ocupação provisória da praia, que permita que ambulantes, por exemplo, continuem a utilizar a regiao para trabalhar.
Natália também reforçou à 96FM que esse acordo judicial ainda obriga o Município a fazer ações de assistência social, através da Semthas, para o acolhimento desses trabalhadores. “A Prefeitura não fez isso. E tem que fazer, de acordo com decisão judicial”, garantiu.
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