“Não foi isso o que, em 4 meses de comissão, se discutiu ou se ventilou, nem mesmo na mais remota conversa de bastidor”, afirmou o deputado Francisco do PT
Publicado 17 de dezembro de 2021 às 01:13
No final da tarde desta quinta-feira o presidente da CPI da Covid na Assembleia Legislativa, deputado Kelps Lima, conseguiu os votos da maioria oposicionista na comissão e aprovou o indiciamento dos “petistas” que ele disse ter faltado no relatório do deputado Francisco do PT.
Da governadora Fátima Bezerra, passando pelo secretário de Saúde do RN, Cipriano Maia, chegando até o governador da Bahia, Rui Costa, e a Carlos Gaba, que comanda o Consórcio Nordeste, todos entraram na lista de Kelps Lima.
“Todos eles, junto com empresários, estão sendo indiciados pela perda e desvio de R$ 50 milhões, que seriam usados para comprar respiradores, mas serviram para patrocinar um projeto político nacional”, justificou o presidente da CPI.
“A CPI considerou materialmente indício de improbidade o fato do secretário de Saúde e da governadora do Estado terem transferido quase R$ 5 milhões do dinheiro do RN para o Consórcio Nordeste sem qualquer justificativa contratual”, afirmou Kelps após o resultado final.
Já o relator do processo, deputado Francisco, demonstrou indignação com a aprovação dos indiciamentos solicitados pelo relatório paralelo de Kelps. “Eu não esperava, sinceramente, o indiciamento da governadora. Não foi isso que, em 4 meses de CPI, se discutiu ou se ventilou, nem mesmo na mais remota conversa de bastidor”, garantiu o líder do Governo na Assembleia.
Segundo Francisco, “não tem uma viva alma” que tenha ido à CPI e que tenha “aventado a mínima possibilidade de a governadora ter participado de qualquer ato ilícito ou doloso ou de improbidade sobre o Consorcio NE”. “É forçar a barra para ter uma manchete nos jornais e blogs”, disse o relator.
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