Instituto de Medicina Tropical da UFRN encontrou duas novas variantes da ômicron em Natal

Com dados relativos ao mês de maio, as novas sublinhagens indicam ser mais transmissíveis, visto que houve um aumento no número de pessoas com covid-19 nas últimas semanas

por: Foto do autor Daniela Freire

Publicado 16 de junho de 2022 às 17:44

O Instituto de Medicina Tropical (IMT) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Laboratório Getúlio Sales Diagnóstico, em colaboração com o Instituto Butantan, observaram novas variantes da Ômicron, em amostras coletadas no município de Natal. Com dados relativos ao mês de maio, a diretora do IMT-UFRN, Selma Jerônimo, avalia que as novas sublinhagens indicam ser mais transmissíveis, visto que houve um aumento no número de pessoas com covid-19 nas últimas semanas.

Parte da Rede Genômica, coordenada pelo Instituto Butantan, o estudo sequenciou e analisou amostras coletadas pelas Unidades de Saúde da Prefeitura de Natal e pelo IMT-UFRN, detectando a circulação das variantes Ômicron (BA.5-like) e Ômicron (BA.4-like). “O monitoramento das variantes é importante para que possamos entender melhor a biologia do vírus. Dessa forma, poderemos dar suporte a novas vacinas, por exemplo”, explicou a cientista Selma Jerônimo.

Do IMT-UFRN, participaram da análise Francisco Freire, Dayse Cunha e Diego Teixeira. A unidade acadêmica enviou os resultados do estudo à Secretaria de Saúde do Estado do Rio Grande do Norte e à Secretaria de Saúde de Natal. Conforme o ofício enviado às gestões estadual e municipal, “fica evidente, diante disso, que estudos contínuos de vigilância genômica são fundamentais para estudo da dispersão de novas linhagens do SARS-CoV-2 no Brasil e em outras localidades no mundo”.

Selma Jerônimo destacou ainda a importância da vacina, para evitar a forma grave da doença, bem como orientou sobre o uso de máscaras em locais fechados, além das demais medidas de biossegurança, como a higiene frequente das mãos.