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Governo fecha acordo com MLB para famílias desocuparem prédio do Diário de Natal

Gestão Fátima Bezerra irá transferir famílias para imóvel do Estado após limpeza e adequações

por: NOVO Notícias

Publicado 26 de julho de 2024 às 02:22

O Governo do Estado reuniu nesta quinta-feira (25) representantes da CEHAB – Companhia Estadual de Habitação e Desenvolvimento Urbano – e do Movimento de Luta nos Bairros (MBL), para tratar da ocupação Emmanuel Bezerra e alinhar acordo que garante o acolhimento das 30 famílias que ocupam um galpão na Ribeira e outra parte o antigo prédio do Diário de Natal, na avenida Deodoro da Fonseca. 

Em cumprimento a ação judicial que determinou a desocupação do imóvel (privado), em que eles estão no momento, após tratativas com a defensoria pública, o governo acordou transferir as famílias para um imóvel pertencente ao Estado. Para isso, foi contratada uma empresa com objetivo de proceder com a limpeza e adequação do prédio para posterior acomodacao das famílias conforme acordo elaborado pela Defensoria Pública.

Da 98FM

Em junho, a Justiça homologou um acordo fechado entre Governo, MLB e Defensoria para a desocupação da antiga sede do jornal Diário de Natal. Na ocasião, o juiz Luiz Alberto Dantas Filho, da 5ª Vara da Fazenda Pública, deu 45 dias para que as famílias saíssem do local para um prédio a ser disponibilizado pelo Governo. O prazo se esgota no próximo domingo (28).

O prédio do antigo Diário de Natal está ocupado desde 29 de janeiro por famílias ligadas ao MLB. Atualmente, são 30 famílias no local.

A Prefeitura do Natal participou das tratativas do acordo, mas alegou incapacidade financeira para ampliar benefícios que já são concedidos para as famílias. Em abril, por exemplo, a gestão municipal entregou materiais de higiene e alimentação para as famílias que estão na ocupação.

A ocupação está perto de completar seis meses. Segundo o MLB, a ocupação dos sem-teto é uma resposta a tentativas de negociação que não tiveram sucesso com a Prefeitura do Natal e o Governo do Estado.

As lideranças afirmam que as famílias estavam em um prédio alugado pela Prefeitura que carecia de estrutura e, portanto, decidiram mudar de local – ocupando o prédio do antigo Diário de Natal.

Eles estavam nesse prédio alugado porque o Governo do Estado prometeu entregar às famílias casas do programa Pró-Moradia, mas até agora os imóveis não ficaram prontos.

Em fevereiro, a Justiça determinou a reintegração de posse do imóvel ocupado para a empresa Poti Incorporações, dona do imóvel, mas condicionou a retirada dos manifestantes a uma saída negociada – o que está acontecendo agora.