Da coluna Radar, em Veja
Não é só Augusto Heleno que, como o Radar mostrou nesta terça, usa as dependências do governo para fazer campanha para Jair Bolsonaro. O ministro das Comunicações, Fábio Faria, gravou nesta terça um vídeo dentro de seu gabinete em que reclama da ênfase que a imprensa dá às pesquisas eleitorais cujos resultados são desfavoráveis ao seu chefe.
“Começa hoje o calendário eleitoral e os candidatos podem começar a fazer as suas campanhas. Eu quero falar um ponto crucial: pesquisas eleitorais. E aqui eu coloquei uma grande interrogação”, disse o ministro.
Faria criticou a pesquisa do Ipec (antigo Ibope) divulgada na noite de segunda e que dá vitória a Lula em cinco de seis estados pesquisados. Ele disse que o instituto escolheu entrevistar eleitores em locais em que o petista tem a vantagem sobre o presidente e deixou de fora lugares como Paraná, Santa Catarina, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, nos quais Bolsonaro estaria à frente na corrida.
“Eu sei que é escolha. Imagina ai se o Ipec resolvesse não escolher os melhores estados para o Lula, tipo um estado do Nordeste, Pernambuco, Ceará ou Bahia, e resolvesse excluir esses estados. Não dá para fazer pesquisa sem que se coloque uma visão do Brasil inteiro. É um Brasil dividido”, disse.
Segundo o TSE, é vedado ao agente público durante a campanha algumas condutas que possam ferir a igualdade de oportunidade entre candidatos nas eleições. “São proibidas aos agentes públicos, servidoras ou servidores ou não, algumas condutas que possam afetar a igualdade de oportunidades entre candidaturas durante as eleições. Fica proibido, por exemplo ceder ou usar, em benefício de candidata, candidato, partido, coligação ou federação de partidos, bens móveis ou imóveis pertencentes à administração direta ou indireta da União, dos estados, do Distrito Federal, dos municípios e territórios”, diz a norma.
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