O governadorável Fábio Dantas usou o evento cívico de 7 de setembro, que se transformou em campanha eleitoral para Bolsonaro e os candidatos que o representam, para fazer, tardiamente, a primeira aparição como o candidato do presidente da República no RN.
Ele cumpriu todo o ritual exigido pelo bosonarismo: trajado com a camisa da seleção brasileira de futebol, subiu no palanque montado por Rogério Marinho, o bolsonarista-mor no Estado e candidato ao Senado, e discursou para o público presente repetindo com precisão as palavras-chave que caracterizam a ideologia da atual extrema-direita brasileira, sendo aplaudido.
No entanto, os mais atentos perceberam que a fala de Fábio, apesar de bem recebida pelos eleitores, foi marcada pelo titubeio. “Ele (Bolsonaro) é pela família, religião, os valores morais de qualquer cidadão de bem”, afirmou o candidato. Para, em seguida, emendar: “Se isso é ser de direita…”.
Poucos prestaram atenção, mas aí foi o ato falho cometido pelo ex-vice-governador, demonstrando que, na verdade, ele continua inseguro em assumir o papel de bolsonarista raiz. Esse detalhe na fala de Fábio parece mais um vacilo de quem tenta a todo custo se inserir nesse movimento ideológico, mas apenas para se aproveitar politicamente dele, numa cartada final para tentar ultrapassar Styvenson Valentim nas urnas e buscar levar a disputa contra Fátima Bezerra para o segundo turno.
Se, apesar de titubear e repetir como um robô as expressões que marcam o bolsonarismo, Fábio Dantas conseguiu conquistar os votos dos eleitores desse segmento político só as próximas pesquisas dirão.
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