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Opinião

Recado Em ‘live’, Styvenson insinua que poderá haver mudança no PSDB/RN

A princípio, a troca do Podemos para o PSDB teria o objetivo de manter o senador com ‘poderes’ de líder no Senado

por: Foto do autor Daniela Freire

Publicado 3 de fevereiro de 2025 às 22:58

 

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O senador Styvenson Valentim utilizou um método pouco habitual para anunciar, neste sábado, a mudança do Podemos para o PSDB. Em uma ‘live’, ele buscou filmar o novo líder do PSDB, Plínio Valério (AM), inicialmente, sem o conhecimento do colega parlamentar, para tentar ‘provar’ que mesmo no PSDB ele continua oposição a Fátima Bezerra no RN e para insinuar que poderá ocorrer mudanças no comando da sigla no RN. “Eu estou dizendo que aqui em Brasília está tudo resolvido. Aqui em Brasília. Aí no Estado a gente ainda vai resolver a situação”, afirmou o senador.

No Rio Grande do Norte, até o momento, quem comanda o PSDB é o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa Ezequiel Ferreira, que recebeu em sua casa de veraneio, em Pirangi, também neste sábado, o presidente nacional da sigla Marcone Perillo, para um almoço. Os dois trocaram afagos públicos, nas redes sociais, após o encontro.

“Tudo ao seu tempo. Ninguém vai querer resolver o Estado hoje”, ponderou Plínio diante da provocação de Styvenson. No que o senador rapidamente garantiu: “Uma coisa que eu vou dizer é que não faço parte do governo Fátima e nem vou ficar em um partido do governo Fátima, viu. O recado está dado”.

As palavras de Styvenson podem ser entendidas como um recado direto ao presidente do PSDB no Estado, que é aliado da governadora Fátima Bezerra e do vice Walter Alves.

 

*De olho nas emendas* 

Muito se especulou sobre a verdadeira intenção de Styvenson em trocar o Podemos pelo PSDB e sobre a possibilidade de ele conseguir tirar Ezequiel do comando do partido. A tese mais crível é a de que ele mudou de partido para manter o alto fluxo de emendas que ele tinha enquanto ocupava a vaga de quarto secretário da Mesa Diretora do Senado e a liderança do Podemos. Após perder esses postos, Styvenson chega ao ninho tucano, junto com o senador paranaense Oriovisto Guimarães, para voltar a ter direito à estrutura de Liderança na Casa. Quando o partido tem pelo menos três senadores garante direito a discursos, orientação de votos e participação no colégio de líderes, além de sala própria.

Essa seria o objetivo inicial de Styvenson no PSDB… E depois?