Em Jucurutu, Bolsonaro fala pela primeira vez sobre suspeita no contrato da Covaxin: “Não adianta falar de vacina que não recebemos”

Em discurso agora há pouco no RN, o presidente garantiu que em dois anos e meio de seu governo “não há uma acusação sequer de corrupção”

por: Foto do autor Daniela Freire

Publicado 24 de junho de 2021 às 13:06

Já no final de sua fala, no discurso que fez agora há pouco em Jucurutu (RN), o presidente Jair Bolsonaro comentou pela primeira vez – e rapidamente – sobre as acusações feitas pelo deputado federal do DEM Luis Miranda, nesta quarta-feira, à imprensa, de que houve um esquema de corrupção na compra da vacina Covaxin pelo governo brasileiro.

“Dois anos e meio sem uma acusação sequer de corrupção. Não adianta falar de vacina que não recebemos”, afirmou.

Luis Miranda disse à imprensa ter denunciado ao presidente Bolsonaro as suspeitas envolvendo a Covaxin e apresentado um material que comprovaria que, em um documento recebido pelo seu irmão servidor de carreira do Ministério da Saúde, Luis Ricardo Fernandes Miranda, houve um pedido de pagamento fora do contrato para importar três lotes com data próxima do vencimento.

Após se recusar a assinar um recibo que previa um pagamento antecipado pela importação da vacina indiana Covaxin, o irmão do parlamentar disse que se encontrou pessoalmente com o presidente Jair Bolsonaro no dia 20 de março para denunciar as suspeitas sobre a importação do imunizante. Segundo ele, o presidente teria se comprometido a encaminhar o caso para a Polícia Federal.

Bolsonaro chegou ao Rio Grande do Norte nesta quinta-feira, por volta das 9h, em Mossoró. Sua agenda inclui Pau dos Ferros e Jucurutu, com visita técnica à Barragem de Oiticica.