O crime do aliado do deputado do União Brasil comprova denúncias da deputada e é um fato novo que, se bem trabalhado pelo marketing, pode resultar em virada
Publicado 18 de outubro de 2024 às 00:11
O crime de assédio eleitoral cometido pelo CUNHADO do prefeito de Natal Álvaro Dias, o diretor técnico da Agência Reguladora de Natal (Arsban), Victor Diógenes, é um escândalo dentro da campanha da direita/extrema-direita da capital, representada pelo deputado Paulinho Freire, do União Brasil, e que pode ser considerado um daqueles fatos raros e inesperados que podem mudar o rumo de uma eleição e seu resultado.
A notícia divulgada pela CNN, nesta quinta-feira (17), é uma bomba.
Além do crime eleitoral ter sido cometido por um parente do núcleo familiar do gestor da capital e também titular de uma pasta importante na estrutura do Município, ele está materializado no áudio e confirma o que a candidata Natália Bonavides, do PT, vem denunciando há dias em seus programas eleitorais e até mesmo durante o debate da Band desta segunda-feira (14): que está havendo reuniões no interior de secretarias municipais para pressionar servidores a votarem “no candidato do prefeito”, para comprar votos e usando a máquina pública natalense para espalhar mentiras a respeito da candidata petista, como a de que ela defende furto e é a favor de invasão de terra.
O áudio gravado por um servidor que fez a denúncia ao Ministério Público do Trabalho tem Victor Diógenes afirmando que “o período eleitoral começou” e a “minha permanência, a de vocês, de todos aqueles que são comissionados e terceirizados da Prefeitura, vai depender da gestão. Desse pedaço que tem, da atual gestão, e de quem ele vai apoiar, certo?”.
Já reconhecendo antecipadamente o crime que estava cometendo, o CUNHADO DE ÁLVARO afirma ainda: “Isso aqui não é assédio moral, não é assédio político, não. Agora a gente tem que ter a ciência do que está fazendo”. E termina de configurar o crime que ele diz não estar cometendo. “Porque se alguém tiver um posicionamento diferente vai ter que colocar o cargo à disposição, porque se não vai sobrar para mim”.
Ouça o áudio 👇
Abaixo a matéria completa da CNN 👇🏻
CNN Brasil
O diretor técnico da Agência Reguladora de Natal (Arsban), Victor Diógenes, foi exonerado após ser acusado de assédio eleitoral.
Uma gravação enviada ao Ministério Público do Trabalho do Rio Grande do Norte (MPT-RN) revela que o ex-diretor teria instruído servidores — comissionados e terceirizados — a pedirem demissão caso não votassem no candidato Paulinho Freire (União), apoiado pela atual gestão e concorrente no 2º turno das eleições contra Natália Bonavides (PT).
O diretor exonerado é cunhado do atual prefeito, Álvaro Costa Dias (Republicanos), que manifesta apoio a Freire. O MPT-RN recebeu a gravação e investiga o caso, mas não deu mais detalhes porque a apuração segue em sigilo.
A CNN teve acesso ao conteúdo do áudio, captado por um dos servidores que afirma ter participado de reuniões na qual Victor Diógenes teria ameaçado de demissão quem não votasse em Freire.
A exoneração foi comunicada após a CNN contatar a Prefeitura de Natal sobre o caso.
“Isso aqui não é assédio moral e nem assédio político, mas a gente tem que ter ciência do que está fazendo, porque, se alguém tiver um posicionamento diferente, já avise. Vai ter que colocar o cargo à disposição, porque, senão, vai sobrar para mim. Se eu não consigo liderar ou coordenar quem trabalha comigo, então não estou apto a desempenhar essa função”, teria declarado Diógenes.
“Fato é que a minha permanência e a de vocês, que são terceirizados e comissionados da Prefeitura, vai depender da gestão e do local onde o atual gestor está e de quem ele vai apoiar”, complementou.
[17/10, 19:49] Dani Freire: A Prefeitura de Natal foi procurada pela reportagem. Após dois dias, informou por meio de nota que o servidor foi exonerado e o caso está sendo apurado.
“Em relação ao episódio citado, informamos que o referido servidor foi exonerado do cargo que exercia na Agência Reguladora de Saneamento para que os fatos sejam apurados. A gestão municipal reafirma que respeita o posicionamento político individual de seus servidores e não abre mão da ética e o respeito às leis”, informou a Prefeitura.
A CNN tentou contato com o candidato Paulinho Freire e com seu partido, União Brasil. Ambos não se manifestaram até o momento.
O que é assédio eleitoral?
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o assédio eleitoral se caracteriza pelas práticas de coação, intimidação, ameaça, humilhação ou constrangimento associadas a determinado pleito eleitoral, no intuito de influenciar ou manipular o voto, o apoio, a orientação ou a manifestação política de trabalhadoras e trabalhadores no local de trabalho ou em situações relacionadas ao trabalho.
Para denunciar casos de assédio eleitoral, o TSE disponibilizou, na página das Eleições 2024, um link com redirecionamento automático para o portal do MPT.
Já para registrar a denúncia diretamente no site do MPT, é preciso acessar outra página. Após selecionar o estado em que ocorreu o crime, a pessoa interessada assiste a um vídeo sobre como fazer o peticionamento. Há também a opção de mediação de conflitos antes de prosseguir com o registro.
O que é assédio eleitoral
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o assédio eleitoral se caracteriza pelas práticas de coação, intimidação, ameaça, humilhação ou constrangimento associadas a determinado pleito eleitoral, no intuito de influenciar ou manipular o voto, o apoio, a orientação ou a manifestação política de trabalhadoras e trabalhadores no local de trabalho ou em situações relacionadas ao trabalho.
Para denunciar casos de assédio eleitoral, o TSE disponibilizou, na página das Eleições 2024, um link com redirecionamento automático para o portal do MPT.
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