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Desaprovada Após Álvaro comemorar engorda finalizada, problemas da obra repercutem nacionalmente 

Alagamentos, rápido avanço da maré, esgoto jorrando em poças na areia e banho de mar perigoso são os temas da reportagem da Folha de S.Paulo

por: Foto do autor Daniela Freire

Publicado 30 de janeiro de 2025 às 21:44

Críticas à engorda de Ponta Negra estão repercutindo nacionalmente após compartilhamentos de imagens dos alagamentos, do esgoto e das pessoas se ferindo no banho de mar ganharem relevância nas redes sociais.

Em um dia o ex-prefeito de Natal Álvaro Dias estava gravando video para as redes exaltando a ‘bela’ engorda, no outro a obra estava inundada pela chuva, pelo esgoto e pelo mar.

Nesta quarta-feira (30), o jornal Folha de S.Paulo ecoou as reclamações em massa e publicou: “Alargamento da praia de Ponta Negra muda cenário, recebe críticas e afeta mergulho no RN”.

Diz trecho da reportagem: “Na praia de Ponta Negra, um dos principais pontos turísticos de Natal, no RN, ‘o banho no mar está mais difícil’ e a areia, quando chove, passou a alagar, diz o militar aposentado e nadador Mário Silva, 60. ‘As ondas ficaram mais fortes. Estão quebrando mais em cima'”.

É preocupante o que tem sido visto como resultado da engorda. E isso não tem nada a ver com ser contra ou a favor do projeto, mas sim com a forma como ele foi feito.

Isso porque, como se sabe, a engorda foi feita às pressas, sem cumprir todas as determinações ambientais, em meio a episódios de politicagem (de olho nas eleições), de mentiras públicas, de invasão de órgão público para ameaçar a diretoria do Idema e por aí vai…

Todos sabemos da importância da realização de um alargamento na faixa de areia daquela praia, assim como todos sabemos da necessidade dessa obra ser feita com todo o cuidado, seguindo à risca as recomendações dos órgãos ambientais, respeitando a natureza. Porque as consequências de uma engorda mal feita podem ser catastróficas. Para o meio ambiente e para a economia.

Vale lembrar que a obra da engorda foi realizada sem fiscalização ambiental, com jazida sendo substituída de última hora, retirada fora do perímetro licenciado e sem estudo de impacto ambiental.

“A extração de sedimentos na nova área não foi licenciada pelo Idema. A Prefeitura publicou o Decreto de Emergência nº 13.192, de 20 de setembro de 2024. Dessa forma, todas as responsabilidades relativas aos impactos ambientais dessa intervenção são de competência exclusiva da Prefeitura do Natal”, informou o Idema.

Na época, Álvaro usou um decreto de emergência para não precisar de licença para a jazida escolhida de última hora.

A área técnica do Ministério Público Federal, inclusive, elaborou um relatório em outubro de 2024 onde apontou a necessidade de esclarecimentos sobre a drenagem de águas pluviais, essencial para o aterramento hidráulico.

Eis a nova Ponta Negra de Álvaro Dias e Thiago Mesquita 👇