Polícia

‘Bandido comete crime porque tem quase certeza que não será preso nem condenado’, diz Coronel Araújo

Para secretário de segurança, bandidos executam ações violentas porque sabem que a lei dá brechas para que eles sigam soltos

por: NOVO Notícias

Publicado 19 de novembro de 2021 às 06:49

Foto: Reprodução

O secretário estadual de Segurança Pública do Rio Grande do Norte, coronel Francisco Araújo, afirmou nesta quinta-feira (18), em entrevista à 98 FM, que a impunidade é uma das principais responsáveis pelo aumento da criminalidade no Estado.

De acordo com ele, bandidos executam ações violentas porque sabem que a lei dá brechas para que eles sigam soltos mesmo quando flagrados no crime.

“A legislação tem essa fragilidade, que dá motivação ao delinquente de delinquir e ter quase a certeza que não será preso e não será condenado. Impunidade é um dos fatores”, afirmou o secretário.

Coronel Araújo disse que a polícia potiguar cumpre o seu papel no combate ao crime, mas lamentou que muitas vezes criminosos continuem à solta após serem beneficiados por uma decisão da Justiça.

“Aqui no Rio Grande do Norte a polícia enfrenta a criminalidade não com flores, enfrenta com ações. Houve muitas ações aí em que a polícia trocou tiro com os delinquentes. Eles infelizmente vieram a óbito, mas a polícia enfrentou. Enfrentou assaltante de banco, de ônibus, criminosos na rua, perseguições, troca de tiros… A polícia faz essa ação”, disse Coronel Araújo, complementando que as forças de segurança estão à procura dos bandidos que mataram André Damásio, gerente de uma farmácia que morreu durante um assalto em Natal nesta quarta (17).

Tornozeleira eletrônica

O secretário de Segurança Pública disse, ainda, que respeita, mas criticou o uso indiscriminado de tornozeleiras eletrônicas como alternativa à prisão de criminosos. A Justiça que define quem irá usar ou não o acessório. Ele afirmou que, muitas vezes, os bandidos não respeitam a medida cautelar imposta, rompem a tornozeleira e continuam realizando crimes.

“Alguns deles se recolhem, ficam nas ruas residências, vão trabalhar, estudar, levar uma vida digna. Mas outros continuam na delinquência. Eles estão na rua. A polícia prende e muitas vezes ele rompe a tornozeleira. Ele é pego em outro crime e é pego com uma tornozeleira na perna”, destacou.

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