As bagagens dos passageiros com destino ao exterior passarão a ser fotografadas em todos os aeroportos brasileiros. O anúncio foi feito pelo ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, na segunda-feira (26), em entrevista o programa Voz do Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A medida visa aumentar a segurança nos aeroportos do país e integra plano anunciado pelo governo federal.
De acordo com o ministro, o passageiro terá acesso à imagem das bagagens fotografadas posteriormente. “A gente quer que as câmeras [instaladas nos aeroportos] fotografem cada uma das bagagens das pessoas antes delas embarcarem. Conforme estão no voo, [elas] vão receber uma mensagem de whatsapp [com imagem] da mala dela fotografada, o que depois pode ser usado para comprovar com qual mala ela estava”, explicou.
As medidas serão implementadas, inicialmente, no Aeroporto de Guarulhos, o maior do país. O investimento previsto é de R$ 40 milhões. Em uma segunda fase, conforme o ministro, as ações serão levadas a outros aeroportos com voos para o exterior e, em seguida, a todos os terminais do país.
O programa, batizado de Aeroportos+Seguros, prevê instalação de raio-x e scanners corporais, câmeras na área de check-in, uso de detectores de líquidos e explosivos e restrição ao uso de celular pelos funcionários em alguns locais dos terminais. “Parte do pessoal do crime organizado faz chantagem com aquelas pessoas [que trabalham em áreas internas dos aeroportos]. Sem celular, ficam sem esse contato”, disse.
Também será implementado o acesso biométrico de funcionários nas áreas restritas e/ou controladas nos demais terminais; reforço no sistema de monitoramento; reforço de segurança na inspeção de passageiros; aumento da proteção e inspeção das bagagens despachadas. Essas mudanças serão implementadas gradativamente nos demais aeroportos.
Na avaliação do ministro, além de coibir a prática de crimes, como o tráfico de drogas, a iniciativa vai proporcionar maior sensação de segurança para passageiros e funcionários que trabalham. As medidas tem como objetivo também evitar casos como o que aconteceu com as brasileiras presas recentemente na Alemanha por tráfico de drogas, após terem suas bagagens trocadas por uma quadrilha formada por funcionários terceirizados do aeroporto de Guarulhos. A prisão das brasileiras foi um caso emblemático que expôs a vulnerabilidade dos sistemas de segurança nos aeroportos.
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