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Aumento de casos de doenças por adenovírus preocupa pais no final do ano

O adenovírus ocorre de forma sazonal e tem sintomas como febre persistente, conjuntivite, dor abdominal, diarreia e vômito

por: NOVO Notícias

Publicado 26 de novembro de 2022 às 16:05

Foto: Raquel Portugal/Fiocruz

Febre persistente, acompanhada de conjuntivite, dor abdominal, diarreia e vômito são alguns dos sintomas do adenovírus, grupo que compreende cerca de 60 subtipos de vírus, na sua maioria do trato respiratório, mas que pode causar doenças em diversos órgãos e que cuja incidência tem sido fonte de preocupação.

De acordo com Maiton Fredson Lopes, pediatra do Hapvida NotreDame Intermédica, o adenovírus ocorre de forma sazonal, mas tem preocupado bastante os pais, principalmente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) ter divulgado estado de alerta sobre uma hepatite infantil fulminante causada pelo adenovírus 41.

O Rio Grande do Norte teve apenas um caso suspeito, na cidade de Mossoró, informado pela Secretaria de Saúde do Estado (Sesap), em maio de 2022.

“Nesta época, do fim do ano para o início do ano seguinte, ocorre uma considerável incidência de quadros virais em crianças menores. Especialmente em 2022, nós temos visto um aumento significativo de casos de adenovírus Brasil afora, exatamente por ser o vírus circulante do momento”, afirma ele.

O pediatra explica que as crianças abaixo de seis anos ainda não têm uma memória imunológica formada, por isso há a incidência maior de doenças virais nessa faixa etária, principalmente quando existe o contato com outras crianças na escola. “Cada vez que elas adoecem é por um vírus diferente. À medida que vão crescendo e tendo infecções virais, vão formando essa memória imunológica”, esclarece o médico.

Maiton acrescenta que os sintomas de doenças causadas pelo adenovírus podem persistir por até 14 dias e diarréias por até dez dias. A febre normalmente passa em torno de três dias quando é um resfriado comum, mas no adenovírus pode prolongar até o quinto ou sétimo dia da doença.

Prevenção, transmissão e tratamento

De acordo com Maiton Fredson Lopes, se o paciente com adenoviroses que acometem o intestino tiver diarreia e fizer uma má higienização das mãos, pode haver transmissão fecal-oral por meio do toque.

“Pessoas doentes precisam ficar de repouso, manter uma higiene das mãos adequada e evitar espirrar e tossir perto de pessoas saudáveis. Para quem não está doente, mas teve contato com alguém resfriado, é importante a utilização de máscara, a boa lavagem de alimentos e utilizar álcool em gel para a limpeza de superfície”, orienta o pediatra da Hapvida.

Um cuidado recomendado aos pais pelo médico é evitar que a criança vá para a escola durante sete dias após o término dos sintomas, para que não haja transmissão.

Conforme Maiton explica, outro grupo para o qual é preciso intensificar a prevenção é o de imunodeprimidos, que são pacientes com diagnóstico de HIV e câncer, pela possibilidade de as infecções se tornarem mais graves.

O tratamento do adenovírus é realizado com medicações direcionadas para cada sintoma apresentado e deve acontecer segundo orientação médica.

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