Atendimento pré-hospitalar chega a ambientes mais remotos no Nordeste – Foto: Divulgação/Resgate das Dunas
O atendimento pré-hospitalar desenvolvido em áreas urbanas começou a chegar em ambientes mais remotos. A 24ª edição do Rally RN1500, iniciada na última terça-feira (19) em Campina Grande, na Paraíba, que passou pelo litoral Norte do RN e foi concluída neste sábado (23), contou com o apoio de quatro equipes médicas, cada uma com três componentes, da Resgate das Dunas.
Os paramédicos participaram do evento tripulando veículos 4×4 adaptados, que contam com um arsenal terapêutico. Entre os equipamentos, as equipes levam material de atendimento ao trauma, desfibrilador, medicamentos, respiradores e até material cirúrgico para necessidades mais extremas.
24ª edição do Rally RN1500 contou com o apoio de equipes médicas da Resgate das Dunas – Foto: Divulgação/Resgate das Dunas
As equipes ficam distribuídas pelo percurso e, em uma situação de acidente, a direção de prova aciona a mais próxima pelo rádio, instalado em cada veículo. A Resgate das Dunas também conta com um helicóptero de apoio para transporte dos profissionais e equipamentos.
O diretor da empresa, Jonilson Júnior, destaca que a atenção e seriedade da equipe é crucial para o sucesso do atendimento. “Ficamos atentos ao rádio, no calor, poeira e expostos ao ambiente. Por isso, o profissional da nossa equipe deve ter desprendimento para situações como essa”, disse.
A logística também é diferente do atendimento urbano. O planejamento, desde o reconhecimento dos trechos, estudo das planilhas, identificação dos hospitais de referência na Paraíba e Rio Grande do Norte para transporte das vítimas, até a aquisição dos insumos das viaturas se iniciam meses antes do evento.
“Temos o cuidado de termos os equipamentos necessários e na medida certa, pois não temos tanto espaço nos veículos”, afirmou Dr Haroldo, diretor médico.
As ocorrências vão desde uma desidratação, até um acidente com maior gravidade, destaca o diretor de enfermagem Mikael. “Pensamos o tempo todo que tudo pode acontecer. Podemos fazer uma simples avaliação e hidratar o piloto, como também ter que intubar e utilizar o suporte avançado”, contou.
Dr Abreu, diretor administrativo, afirma que embora o ambiente exija de todos os componentes da equipe, sempre existiu a cooperação com a direção de prova, comandada por Kleber Tinoco, e que acabam por extrapolar as suas responsabilidades para ajudar em outras funções. “Nós rebocamos carros, orientamos a população, ajudamos no fechamento dos trechos, enfim. Não somos simples prestadores de serviço, mas nos sentimos pertencentes ao evento”, afirmou.
