Pedro Silveira, de 23 anos, é um cantor e compositor potiguar que integra a nova geração da música popular brasileira. Ele se afirma como “artista em tempo integral e aprendiz de médico nas horas vagas”, pois, embora a medicina ocupe parte considerável da sua rotina, a arte já envolvia os seus passos desde a infância e continua o acompanhando em tudo que faz. Iniciando a sua carreira musical com o apoio daqueles que acreditam na sua mensagem, Pedro lança, neste 1º de julho, o seu EP de estreia intitulado “Nu e Cru”.
A expressão “nu e cru” reflete a abordagem transparente e autêntica sobre temas sociais de grande relevância, como a depressão e a saúde mental. “As inspirações para as canções vieram da superação de momentos de sofrimento que passei nos últimos anos, enfrentando grave adoecimento mental pelo transtorno de ansiedade e pela depressão. Mais do que um sonho realizado, este EP representa uma ponte entre a queda e o recomeço. Agarrei a segunda chance que a vida me deu e cantei de peito aberto”, conta Pedro. “Nessas músicas eu vejo a minha história, e de tantas outras pessoas que possam se identificar, sendo contada e reescrita. Cada faixa do projeto representa um ato da narrativa de um pássaro que, depois da queda, teve que reaprender a voar e redescobrir o significado de viver”, acrescenta.
Quanto à sua sonoridade, as canções mesclam a nova MPB com elementos da cultura e da musicalidade nordestina. “Esse projeto carrega vulnerabilidades e potenciais. Confesso que é difícil expor essa bagagem para o mundo, mas, de certa forma, é uma experiência transformadora. Afinal, a mensagem das canções sempre chega primeiramente no artista. A transformação que desejo para quem ouvir começou e continua acontecendo em mim todos os dias”, afirma o cantor.
O título do EP também faz referência ao trabalho da sua parceira de composição, a psicóloga e escritora Arthemis Nuamma. Foi através da página de poemas “Arte Nua” de Arthemis nas redes sociais que eles se conheceram, conectaram ideias e, assim, nasceram algumas das composições presentes no disco.
Em 2021, Pedro participou do Prêmio Potiguar de Música — com apoio cultural da Oficina Livre de Música e realizada pela Lei Aldir Blanc, Fundação José Augusto, Governo do Estado do Rio Grande do Norte e Secretaria Especial de Cultura — e conquistou o terceiro lugar com a música “O Poema Mais Belo Que Há”, que está presente em seu EP de estreia. O festival teve como a grande vencedora Alba Miranda, que também tem participação especial no “Nu e Cru” no dançante e aconchegante dueto “Nós”. Além destas, o mini álbum contém outras três faixas, como a faixa título, “Próximo Passo” e “Viver, Sonhar”.
Quanto às suas expectativas para o lançamento, Pedro confessa: “Minha maior expectativa é que estas músicas alcancem as pessoas que precisam de um abraço nos momentos difíceis para que, assim como eu, elas possam encontrar afago por meio dessas canções e saibam que não estão sozinhas”, diz o artista. “Sejam quais forem as dores que um ser humano carrega, nunca é tarde para abrir a porta para a esperança entrar e mostrar que vale a pena lutar para ser feliz”.
O EP “Nu e Cru” tem o selo DoSol Combo Cultural e produção musical assinada por Pedro Trigueiro, produção vocal por Elaine Ferracinni, produção executiva por Anderson Foca, arte visual por Ariell Guerra e fotografia por Ian Rassari. Confira o disco, que já está disponível nas plataformas de streaming de música.
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