Em um ritual que durou mais de uma hora, a sessão contou com leitura de decretos, assinaturas de documentos por parte do arcebispo e dos membros do Tribunal.
Publicado 14 de outubro de 2024 às 16:00
A fase diocesana do processo de beatificação do Servo de Deus Padre João Maria Cavalcanti de Brito foi encerrada no último 9 de outubro. Às 15h, na Catedral Metropolitana de Natal, foi realizada uma sessão solene do Tribunal para a Causa de Beatificação e de Canonização, marcando o encerramento do inquérito arquidiocesano.
Em um ritual que durou mais de uma hora, a sessão contou com leitura de decretos, assinaturas de documentos por parte do arcebispo e dos membros do Tribunal. Ao final, toda a documentação do processo, em três vias, foi colocada em três caixas e devidamente lacradas, para serem enviadas para Roma.
Após a sessão, houve missa em ação de graças pelo encerramento da fase diocesana, presidida pelo Arcebispo Metropolitano Dom João Santos Cardoso, concelebrada pelo arcebispo emérito Dom Jaime Vieira Rocha, e por alguns sacerdotes.
Os trâmites entre a Arquidiocese de Natal e o Vaticano, em relação ao Padre João Maria, iniciaram em 2002. No entanto, o Tribunal foi instalado dia 28 de abril deste ano. Durante estes cinco meses, foram analisados dados históricos e testemunhos acerca da vida e santidade do sacerdote, conhecido como o “anjo de Natal”.
De acordo com o professor José Rodrigues, membro da comissão histórica do Tribunal, o trabalho foi feito a partir de uma pesquisa que já vinha sendo realizada há algum tempo. “Temos cerca de 500 documentos a respeito da vida do Padre João Maria. Durante esses cinco meses, organizamos toda essa documentação, verificamos arquivos, certidões, para, enfim, concluir mos o relatório que será entregue à Santa Sé”, contou o historiador José Rodrigues.
No dia 17 deste mês, o postulador da Causa de Beatificação e de Canonização, Frei Jociel Gomes, estará em Roma, para entregar a documentação preparada pelo Tribunal ao Dicastério para a Causa dos Santos, no Vaticano, quando será iniciada a fase romana do processo. “Se tudo estiver de acordo com as normas emanadas pelo Dicastério, será emitido um decreto de validade jurídica reconhecendo que tudo que foi feito aqui, na Arquidiocese de Natal, realmente está válido”, explica Frei Jociel Gomes.
De acordo com o postulador, a partir daí será escolhido um relator, responsável por redigir a “Positio”, que é um documento com todas as informações que serão analisadas pelas comissões histórica, teológica e pelo colégio dos bispos e cardeais. Caso o Dicastério considere que existem provas suficientes, o papa poderá conceder o título de “venerável”, reconhecendo assim que viveu as virtudes cristãs em grau heroico. Depois disso, a investigação de possíveis milagres continua. Se um milagre atribuído à intercessão do Padre João Maria for verificado, ele será beatificado e, com um segundo milagre, poderá ser proclamado santo.
Para o arcebispo metropolitano de Natal, Dom João Santos Cardoso, o momento agora é de expectativas para o desenrolar da fase romana do processo. “Confiamos na intercessão do Servo de Deus Padre João Maria para que a fase romana seja bem sucedida, de forma que o processo de beatificação e de canonização seja ágil”, disse o arcebispo. Ele também pediu a oração dos fiéis e para que contribuam com o processo.
“O Rio Grande do Norte é uma terra de santos. Já temos nossos Santos Mártires de Cunhaú e Uruaçu, a beata Irmã Lindalva e, agora, poderemos ter o beato Padre João Maria. Deus é muito generoso com a nossa Igreja, suscitando santos e mártires para dar testemunho da nossa fé”, destacou Dom João Cardoso.
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