O serviço de monitoramento também permite que os usuários possam inserir informações no mapeamento de risco e cadastrar inundações ou deslizamentos que tenham presenciado
Publicado 25 de dezembro de 2024 às 16:00
O aplicativo Prevenção de Desastres, desenvolvido pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), já conta com mais de 2 mil downloads. Mais de 1,7 mil municípios já foram mapeados e têm áreas de risco indicadas no app.
O aplicativo, lançado em maio deste ano, traz alertas sobre áreas de risco de inundações, deslizamentos de terra, enxurradas e outros fenômenos que podem impactar a segurança da população do país.
Na interface do app, o usuário pode visualizar informações do local onde está ou selecionar áreas de interesse. Entre os dados disponíveis, estão o número de edificações da região e de pessoas em áreas de risco.
O serviço de monitoramento também permite que os usuários possam inserir informações no mapeamento de risco e cadastrar inundações ou deslizamentos que tenham presenciado. O processo deve ser feito por meio da inserção de vídeos ou fotos e a descrição do fato.
O app já estava disponível para usuários do sistema Android e está sendo ampliado para outros dispositivos. Agora, usuários dos celulares e outros dispositivos desenvolvidos para sistemas IOS (Apple) já podem baixar o aplicativo.
Atualmente, 90 milhões do total de 123 milhões de pessoas deslocadas à força vivem em países com alto ou extremo nível de suscetibilidade a riscos relacionados ao clima. Isso significa que a quantidade de pessoas que enfrentam esses cenários mais agudos aumentou cerca de 5 milhões somente na virada de 2023 para 2024.
Os dados constam do relatório Sem escapatória: na linha de frente das mudanças climáticas, conflitos e deslocamento forçado, divulgado nesta terça-feira (12) pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), durante a 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) em Baku, no Azerbaijão.
O documento é resultado do trabalho de diversas entidades como Alp Analytica, Grupo Consultivo para Pesquisa Agrícola Internacional, Iniciativa CGIAR sobre Fragilidade, Conflito e Migração, Conselho Alemão de Relações Exteriores, Instituto Norueguês de Assuntos Internacionais e Rede de Ajuda Comunitária e Associação de Resposta de Dadaab.
A agência da ONU também destaca que quase metade das pessoas deslocadas à força está sujeita não apenas à fragilização causada pelos desequilíbrios climáticos mas, simultaneamente, pela violência oriunda de conflitos. Como exemplos, são citados no documento o Sudão, a Síria, o Haiti, a República Democrática do Congo, o Líbano, Mianmar, a Etiópia, o Iêmen e a Somália.
Os especialistas destacam que, na última década, desastres associados ao clima foram causa de 220 milhões deslocamentos internos -, o que dá cerca de 60 mil por dia. Ao todo, no ano passado, mais de um quarto desses deslocamentos ocorreram em um contexto que também somava conflitos como elemento complicador.
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