Apesar de o ex-prefeito de Natal tratar o acordo para integrar chapa governista como certo, ele não consultou as bases de sua sigla sobre a aproximação com o Partido dos Trabalhadores no estado
Publicado 14 de fevereiro de 2022 às 16:00
Com o avanço das federações entre partidos de centro e de esquerda, o PDT deu início às suas próprias tratativas para tentar formar uma federação e impulsionar candidaturas em todo território nacional. No Rio Grande do Norte, até o momento, o grande entrave é Carlos Eduardo Alves. O ex-prefeito de Natal afirmou que pretende ser candidato a senador com apoio da governadora Fátima Bezerra; entretanto, ainda não reuniu membros do próprio partido para conversar sobre a possibilidade de uma aliança com o Partido dos Trabalhadores para as eleições de 2022.
A presidente do diretório natalense do PDT, vereadora Nina Souza, afirmou ao NOVO Notícias que ainda não houve diálogo entre ela, Carlos Eduardo e o PT. Questionada sobre ser favorável ou não à formação da chapa, Nina enfatizou que sem as conversas a nível municipal, a líder do prefeito Álvaro Dias (PSDB) na Câmara Municipal de Natal não tinha como atribuir juízo de valor sobre a temática.
“Nós não discutimos nada ainda internamente. Desta forma, não temos como opinar sobre isso neste momento”, disse Nina.
Aceno positivo
Uma eventual indicação de Carlos Eduardo Alves para disputar o Senado na chapa governista de Fátima Bezerra conta com um aceno positivo do PT nacional, comandado pela ex-senadora Gleisi Hoffmann. De acordo com a coluna da jornalista Daniela Freire no NOVO Notícias, integrantes do Partido dos Trabalhadores revelaram haver um clima de divisão interna na legenda diante dessa articulação já avançada com o ex-prefeito de Natal.
Segundo informações obtidas pela colunista, o PT local está se espelhando no diretório nacional, que busca nos bastidores atrair para o seu campo de aliados o PDT, esvaziando a candidatura de Ciro Gomes a presidente. Uma conversa reservada, há poucos dias, entre Fernando Haddad (PT) e Carlos Lupi (PDT) decidiu que a definição dessa aliança se dará em maio, caso Ciro não chegue até lá na casa dos dois dígitos nas pesquisas.
Desta forma, houve o aceno de Gleisi para que Fátima Bezerra iniciasse um alinhamento com o pedetista potiguar, que está liberado pelo seu diretório nacional a fazer aliança com o PT.
Grupo Contrário
Apesar da chancela da executiva nacional, no RN alguns grupos ainda são contrários à aliança, como é o caso da deputada federal Natália Bonavides e do vice-presidente do PT/RN, Daniel Valença, que não desejam aliança de Fátima com Carlos Eduardo.
Em um encontro na última semana, a executiva estadual do partido divulgou uma nota à imprensa, elogiando a gestão da governadora Fátima Bezerra, que vem recuperando as contas públicas estaduais. No documento, o Partido dos Trabalhadores (PT) revelou que “a tática eleitoral a ser adotada para as eleições 2022, deverá ser a construção de uma frente capaz de atrair outros atores para o campo democrático” e que “este processo de negociação e diálogo deve ser liderado pela governadora Fátima Bezerra”.
Apesar de oficialmente os aliados da governadora afirmarem que a chapa para o Senado está indefinida, internamente o que se fala é que as posições de Natália e Valença estão vencidas e “a tendência é vingar” o nome de Carlos Eduardo.
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