A água da área batizada como “buraco azul”, em Parnamirim, está contaminada por bactérias, informou nesta quarta-feira (8) a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). O “lago” com águas azul-turquesa surgido durante as escavações para se construir Estação Elevatória de Esgotos apresentou contaminação por bactérias.
A informação foi divulgada durante a coletiva de imprensa, promovida pela Prefeitura de Parnamirim, relacionada com o futuro das obras da Estação Elevatória de Esgotos. A Caern também falou acerca das ações relacionadas com o “Buraco Azul”.
Segundo o diretor-presidente da Caern, Roberto Linhares, a água do local é inadequada para o banho e para o consumo. “No primeiro momento depois que o pessoal começou a utilizar o “buraco Azul”, a água está completamente contaminada. A gente já detectou bactérias, coliformes fecais, de forma assustadora”, disse ele.
Linhares também falou dos péssimos hábitos de quem utilizou o local para banhos. Nos últimos dias, diversas pessoas utilizaram a área para lazer, e até churrasco foi feito na escavação feita para a estação de tratamento de esgoto. “As pessoas entram, defecam dentro, fazem xixi dentro, aí começa a contaminar a água”, reclamou ele.
Ainda de acordo com a Caern, com a gradual da poluição da água – a partir da proliferação de bactérias —, a coloração azul-turquesa irá desaparecer nos próximos dias. “Se você continuar utilizando, sem renovar a água, ela vai ficar até chegar próximo da cor preta. Mas, é claro, isso bem mais à frente”, disse Roberto Linhares.
De acordo com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), que também coletou água do “buraco azul” para análise, o resultado dos estudos apontaram que, da parte físico-química, a água não apresenta contaminação. No entanto, do ponto de vista bacteriológico, a água foi contaminada após o uso da população.
Segundo a Prefeitura de Parnamirim, o projeto de transformar o local em área turística ainda está mantido. Representantes do Municípios irão até Brasília, nos próximos dias, para discutir a mudança no projeto com o Ministério das Cidades e Caixa Econômica Federal.
Agora, para evitar novas contaminações, a prefeitura municipal vai instalar um talude (contenção) nas paredes feitas durante a escavação da obra, pois se verificou que algumas áreas estão cedendo.
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