O advogado paulista Leandro Mathias, de 40 anos, morreu nesta segunda-feira (6) após ser atingido no abdômen pela própria arma, que disparou de forma acidental no momento em que ele acompanhava sua mãe na realização de um exame de ressonância magnética, em São Paulo, no dia 16 de janeiro. A morte foi confirmada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Subseção Cotia.
O caso aconteceu no laboratório Cura, localizado na Avenida Brigadeiro Luis Antônio, no Jardim Paulista. Leandro, que produzia conteúdos na internet defendendo o uso de armas, foi levado para o Hospital São Luiz.
De acordo com a polícia, a arma estava registrada e ele tinha autorização de porte. Porém, antes de entrar na sala do exame, o advogado assinou um termo de contraindicação de campo magnético para acompanhantes, segundo informou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP/SP).
Em nota, o laboratório Cura afirmou na data do acidente que o Leandro e sua mãe foram orientados em relação aos procedimentos para acessar à sala do exame e alertados “sobre a retirada de todo e qualquer objeto metálico”.
“Ambos assinaram termo de ciência com relação a essa orientação”, informou o comunicado, que disse também ter seguido todos os protocolos exigidos – e que o advogado não mencionou a arma antes de entrar no local onde foi feita a ressonância.
Utilizada para ajudar no diagnóstico de várias doenças em especialidades como oncologia, neurologia, cardiologia e ortopedia, a ressonância magnética exige alguns cuidados para que o exame seja feito de forma segura. O exame de ressonância magnética não possui radiação ionizante como a tomografia computadorizada e raio-x, mas envolve a utilização de campos magnéticos e ondas de rádio, desta forma é importante conferir todas as orientações para a realização do procedimento.
Na rede social Tik Tok, onde Leandro tem 7,5 mil seguidores, o advogado exibia a sua inclinação armamentista por meio de vídeos em que aparecia com armas e tirando dúvidas de usuários sobre o assunto.
Quantos tiros podem ser efetuados em uma situação que se configure legítima defesa ou se CACs (sigla que define o grupo de caçadores, atiradores e colecionadores) podem parar para almoçar enquanto se deslocam para o treinamento de tiro são algumas das questões que ele respondia aos seus seguidores. Seus conteúdos já somavam mais de 49 mil visualizações na rede social.
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