Cotidiano

Advogado de líder do PCC é preso em operação contra fraudes em prefeituras

Advogado foi capturado na Operação Muditia, deflagrada pelos promotores do Gaeco contra uma quadrilha ligada ao PCC, supostamente responsável por fraudes em licitações em contratos de R$ 200 milhões fechados com prefeituras e câmaras municipais em São Paulo

por: NOVO Notícias

Publicado 16 de abril de 2024 às 15:40

Advogado foi preso em operação do MPSP contra uma quadrilha ligada ao PCC. Foto: MPSP

Advogado foi preso em operação do MPSP contra uma quadrilha ligada ao PCC. Foto: MPSP

A Polícia Militar e o Ministério Público de São Paulo prenderam nesta terça (16) o advogado Áureo Tupinambá de Oliveira Fausto Filho. Segundo a Promotoria, Tupinambá é um dos representantes, em ações na Justiça, do líder do PCC André do Rap. O advogado foi capturado na Operação Muditia, deflagrada pelos promotores do Gaeco (Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado) contra uma quadrilha ligada ao PCC, supostamente responsável por fraudes em licitações em contratos de R$ 200 milhões fechados com prefeituras e câmaras municipais do Estado.

A suspeita que recai sobre o advogado é a de envolvimento com servidores públicos e políticos para encaminhar desvios de recursos públicos. A Operação Muditia prendeu outros 12 investigados, entre eles três vereadores: Flávio Batista de Souza (Ferraz de Vasconcelos), Luiz Carlos Alves Dias (Santa Isabel) e Ricardo Queixão (Cubatão).

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André de Oliveira Macedo, o André do Rap, é um dos principais nomes da cúpula do PCC. Ele está foragido desde 2020, quando foi solto por decisão do então ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello. Na época, o ministro Luiz Fux, então presidente do STF, cassou a decisão de Marco Aurélio, mas o traficante não foi mais localizado pela polícia.

A Promotoria de São Paulo investiga o advogado de André do Rap por sua suposta ligação com esquema de fraudes em licitações para contratação de servidores terceirizados por prefeituras e câmaras municipais. São investigadas contratações nos municípios de Guarulhos, São Paulo, Ferraz de Vasconcelos, Cubatão, Arujá, Santa Isabel, Poá, Jaguariúna, Guarujá, Sorocaba, Buri e Itatiba

Segundo o Ministério Público, algumas contratações ‘atendiam a interesse do PCC, que tinha influência na escolha dos ganhadores de licitações e reparte de valores ilicitamente auferidos’. A apuração encontrou indícios de ‘corrupção sistemática’ de agentes públicos e políticos – secretários, procuradores municipais, presidentes de câmaras de vereadores, pregoeiros. A investigação aponta, ainda, outros crimes, como fraudes documentais e lavagem de dinheiro.

 

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