Desde o mês de novembro, pacientes que dependem do SUS para realizar cirurgias eletivas em Natal sofrem com a incerteza do procedimento ser executado ou não. Isso se dá em decorrência de um débito que gira em torno dos R$ 70 milhões, que a Prefeitura do Natal tem com a Cooperativa dos Médicos Anestesistas do Rio Grande do Norte (Coopanest–RN).
Ainda no mês passado, o poder público municipal e a Coopanest-RN firmaram um acordo, onde a Prefeitura se comprometia a pagar a dívida de forma parcelada. Outro ente que também negociou débitos com a Cooperativa foi o Governo do Estado do RN. Acontece que um dos acordos, o celebrado entre a entidade médica e a Prefeitura do Natal, não está sendo cumprido, e isso gerou a suspensão das atividades dos médicos anestesiologistas, que por sua vez impedem a realização de cirurgias.
Esse déficit no serviço público tem colocado em risco a vida de pacientes que aguardam pela realização de uma cirurgia. Entre eles, alguns pacientes cardíacos, e até crianças, que precisam da operação para corrigir cardiopatias e manter a esperança de levar uma vida normal, ou o mais próximo disso, buscando a oportunidade da sobrevivência.
Cerca de 30 crianças estão aguardando a oportunidade para fazer uma cirurgia cardiológica, mas precisam esperar ainda mais por causa da irresponsabilidade do município de Natal, que não cumpre o acordado com os especialistas.
Os atrasos no pagamento correspondem a mais de um ano de débitos. Ainda há valores a receber referentes há setembro de 2020. Os débitos impossibilitam que pelo menos quatro hospitais continuem a prestar os serviços em questão. Apesar de tudo isso, a administração municipal joga a responsabilidade também para o Governo do Estado, dizendo que a administração pública estadual não tem honrado seus compromissos com a saúde de Natal.
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