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Acolhidos da Residência Inclusiva tomam banho de mar em Ponta Negra e Pitangui

Usuários curtiram espaço de lazer com equipamentos adaptados e apoio de técnicos

por: NOVO Notícias

Publicado 17 de janeiro de 2023 às 11:52

Acolhidos da Residência Inclusiva tomam banho de mar em Ponta Negra e Pitangui – Foto: Divulgação/Semtas

Muitas pessoas com deficiência conseguem levar uma vida ativa, desenvolvendo autonomia e realizando atividades do cotidiano, mas algumas atividades exigem cuidado e suporte de outras pessoas. Para um cadeirante, por exemplo, um grande desafio é entrar no mar. Pensando nisso, a Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (Semtas), por meio da equipe técnica da Residência Inclusiva, está realizando, neste início de ano, uma programação piloto para os usuários aproveitarem o que a praia tem de melhor a oferecer: o contato com o mar.

Em janeiro, os banhos de praia aconteceram em duas sextas-feiras na praia de Ponta Negra e Pitangui, com o objetivo de proporcionar a inclusão de lazer para os acolhidos. A atividade contou com a equipe de apoio para alimentação e técnica, cuidadores, motoristas e coordenação.

A programação contou com banhos de mar na cadeira anfíbia, que proporciona à pessoa com deficiência uma experiência única dentro do mar, pois tem um bom desempenho na areia e não afunda na água. A profundidade dentro do mar permite ainda que a pessoa que utiliza o equipamento sinta a água em seu corpo.

De acordo com a titular da Semtas, Ana Valda Galvão, realizar atividades ao ar livre é um atrativo para os usuários da Residência Inclusiva, voltada para o acolhimento de pessoas com deficiência. “Com essas atividades, estamos proporcionando aos nossos usuários lazer e inclusão. É gratificante poder contribuir com esses momentos de interação na participação social e comunitária no fortalecimento dos seus vínculos. Criando novas memórias e sensações que eles vão levar para toda vida, pois muitos deles estão indo à praia pela primeira vez”, disse.

A secretária ainda agradeceu aos servidores que desenvolveram o trabalho. “Também somos gratos por toda a contribuição e empenho da equipe da residência inclusiva que está sempre pensando em atividades de lazer para os nossos usuários. É graças ao trabalho deles que momentos assim são realizados”, agradeceu.

Para a chefe da alta complexidade, Aline de Medeiros, é importante promover momentos de interação e fortalecimento dos laços com os acolhidos. “A residência inclusiva proporcionou um dia muito feliz para seus usuários, pois com essa iniciativa garantiu o direito ao lazer e à convivência comunitária para eles”, contou.

“A experiência de promover atividades de lazer e o envolvimento com a comunidade para os usuários da Residência Inclusiva é única e nos preenche com a sensação de dever cumprido. Alguns de nossos acolhidos vivenciaram o contato com o mar pela primeira vez e presenciar a satisfação de todos eles renova o entendimento de que, como profissionais, estamos intervindo em consonância com o previsto nas normativas que regem o serviço. Cabe registrar ainda todo reconhecimento à brilhante intervenção dos profissionais envolvidos na programação, pois a prática cotidiana deles tem sido fundamental para o bom funcionamento da Residência Inclusiva e para a mediação do processo de garantia de direitos de usuários que outrora já estiveram tão vulnerabilizados”, comentou a coordenadora do equipamento do município, Monally Ferreira.

Residência Inclusiva

A Residência Inclusiva é a unidade da Semtas que oferta Serviço de Acolhimento Institucional, no âmbito da Proteção Social Especial de Alta Complexidade do Sistema Único de Assistência Social (Suas) para jovens e adultos dos 18 e 59 com deficiência, em situação de dependência, que não dispunham de condições de autossustentabilidade ou de retaguarda familiar, em sintonia com a Tipificação Nacional dos Serviços Socioassistenciais.

O funcionamento da unidade é ininterrupto, com cuidadores trabalhando em turnos de seis horas. A equipe técnica é composta por assistentes sociais, psicólogo, terapeuta ocupacional, cuidadores, além de auxiliar de serviços gerais e cozinheira. Uma outra finalidade da casa é propiciar a essas pessoas a construção progressiva da autonomia e do protagonismo no desenvolvimento das atividades da vida diária, na participação social e comunitária.

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