O professor de uma escolinha de futebol na cidade de Ceará-Mirim cometia abuso sexual contra adolescentes; de acordo com as investigações, ele fez pelo menos três vítimas, mas a Polícia acredita que outras crianças tenham sido abusadas
Publicado 14 de julho de 2023 às 14:46
Delegada Thaís Quintino comanda as investigações de abuso sexual em escolinha de futebol – Foto: Reprodução
O caso do professor de uma escolinha de futebol preso nesta sexta-feira (14) acusado de abuso sexual contra adolescentes só rendeu a prisão do suspeito porque a mãe de uma das vítimas flagrou, no celular do filho, conversas com teor sexual entre o adolescente e o professor. A informação é da delegada Thaís Quintino, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) em Ceará-Mirim, cidade onde ocorreu o crime a prisão.
Ao flagrar as mensagens, a mãe do garoto fez prints da conversa e levou à Polícia, que passou a fazer uma investigação em torno do suspeito e chegou a outras evidências que levam à suspeita de que ele teria abusado de, pelo menos, três adolescentes alunos da escolinha de futebol onde ele trabalha.
De acordo com a delegada Quintino, os crimes foram cometidos durante algumas avaliações físicas, que segundo ela, eram feitas com o emprego de lascívia. A Polícia acredita que é possível existirem outras vítimas.
“Como já foram indicadas três – vítimas – até agora, muito possivelmente, por ser um time de bairro maior, muito provavelmente existam outras vítimas que ainda não foram identificadas, mas as investigações vão prosseguir nesse sentido, tentando identificar todas as vítimas, e tentando entender a forma como ele agiu”, disse a delegada Thaís Quintino.
Além dos abusos realizados na avaliação física, a investigação identificou que ele utilizava ainda outras formas para abusar dos adolescentes. O celular do suspeito foi apreendido e passará por uma análise dos dados e explorar as investigações no sentido de identificar se ele mantinha conversas de cunho sexual com outras crianças.
Além das palavras das vítimas, a delegada Thaís Quintino conta que a Polícia Civil já está em posse de outros elementos que apontam para a materialidade dos crimes pelo professor da escolinha de futebol, como registro de conversas dele com as crianças.
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