Mais de 300 ataques, mais de 250 pessoas detidas, 149 artefatos explosivos apreendidos, em 10 dias de terror no Rio Grande do Norte. Nessa linha de frente, militares e agentes 24 horas por dia no combate à criminalidade. Em depoimento ao repórter Kevin Muniz, do NOVO Notícias, o Major Lenarte Azevedo contou como foi o dia a dia na corporação, as operações realizadas e o clima de tensão existente no Estado.
“Era quase meia-noite do dia 14, quando recebi uma ligação do Comandante Geral da Polícia Militar, alertando sobre possíveis ataques de uma facção criminosa aqui do estado. De imediato, me desloquei para o batalhão que atuo na capital potiguar, e já naquela madrugada, reforcei o efetivo, e repassei algumas determinações e orientações para o efetivo, conseguindo ir em casa, apenas na quinta-feira.
Ingressei nas fileiras da Polícia Militar em fevereiro de 2006, tendo recém-completado 17 anos de serviço, como oficial da Corporação. A rotina nesses dias se tornou extremamente desgastante, era praticamente o dia inteiro, analisando e planejando operações. Muitas vezes, o breve descanso era entre 4 e 7 horas da manhã, horário que, em alguns dias, choveu bastante na capital, relaxando um pouco mais as ações em campo.
A estratégia era sendo traçada e determinada a cada momento, com a análise dos ataques que vinham sendo realizados. Incansáveis reuniões, alteração de escala, e principalmente, conforme determinado pelos comandos de áreas, era sufocar os locais que existiam atuação das facções. Na área de atuação do meu Batalhão, temos uma área crítica. Uma vila que sempre estamos apreendendo drogas, armas, munições e recapturando Foragidos da Justiça. Desta semana em diante, foi ali, nossas principais ações.
Foram várias incursões, progressões, ações de saturação mesmo, que conseguimos deter alguns desses mentores dos ataques na região. Com o passar dos dias, sentíamos que o ímpeto era menos das ações criminosas, as pessoas também pararam de circular em determinados horários, isto fez que parássemos de registrar incidentes na nossa área.
O resultado é que nestes últimos dias, não temos registros ou informações, de qualquer ataque realizado com êxito. Mas, não vamos parar, seguimos em alerta, seguimos com nosso trabalho, e vamos continuar servindo e protegendo a sociedade potiguar, garantindo a segurança de todos”.
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